terça-feira, 10 de junho de 2014

Analisando o Grupo F

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ARGENTINA
A Argentina chega ao Mundial como uma das favoritas ao título. O quarteto ofensivo da equipe, composto por Di María, Agüero, Messi e Higuaín impõe respeito e é a maior arma dos hermanos para ir além das quartas-de-final, fase em que foram eliminados em 2010, pela Alemanha, na Copa da África do Sul.
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Messi, Di María e Higuaín, junto com a Agüero formam os 'quatro fantásticos' que aterrorizam os adversários
Messi, Di María e Higuaín, junto com a Agüero formam os 'quatro fantásticos' que aterrorizam os adversários
O técnico Alejandro Sabella utiliza sua equipe no esquema 4-3-3, com Mascherano e Gago protegendo a defesa, e dando liberdade para "os quatro fantásticos" fazerem a diferença no ataque. Sabella possui tantas opções para o setor ofensivo que pode "dar-se ao luxo" de manter jogadores do calibre de Lavezzi, Palacio e Enzo Pérez no banco.
O ponto fraco da seleção argentina está no setor defensivo. Romero, que será o goleiro titular na Copa do Mundo, é reserva no Monaco, e suas poucas partidas durante a temporada podem cobrar seu preço.
Goleiros: Sergio Romero (Mónaco/FRA), Agustín Orion (Boca Juniors/ARG), Mariano Andújar(Catania/ITA)
Defensores: Ezequiel Garay (Benfica/POR), Hugo Campagnaro (Inter de Milão/ITA), Pablo Zabaleta (Manchester City/ING), Martín Demichelis (Manchester City/ING), Marcos Rojo (Sporting de Lisboa/POR), Federico Fernández (Napoli/ITA) e José Basanta (Monterrey/MEX)
Meias: Fernando Gago (Boca Juniors/ARG), Lucas Biglia (Lazio/ITA), Angel Di María (Real Madrid/ESP), Enzo Pérez (Benfica/POR), Maximiliano Rodríguez (Newell´s Old Boys/ARG),Augusto Fernández (Celta/ESP), Javier Mascherano (Barcelona/ESP) e Ricardo Álvarez (Inter de Milão/ITA)
AtacantesGonzalo Higuaín (Napoli/ITA), Lionel Messi (Barcelona/ESP), Rodrigo Palacio (Inter de Milão/ITA), Sergio Agüero (Manchester City/ING) e Ezequiel Lavezzi (PSG/FRA)
Técnico: Alejandro Sabella
Time-base: Romero; Zabaleta, Garay, Fernández, Rojo; Mascherano, Gago, Di Maria; Agüero, Messi e Higuaín.
A ausência mais discutida na seleção argentina é a de Carlitos Tevez. O atacante foi fundamental na campanha da Juventus que resultou no título italiano desta temporada, marcando 19 gols. Contudo, casos de indisciplina deixaram o atacante fora do grupo. Otamendi, do Atlético-MG, é outra ausência sentida. O zagueiro chegou a constar na pré-lista, mas acabou cortado.
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O destaque da seleção argentina é, sem dúvidas, Lionel Messi. Mesmo ficando boa parte da temporada se recuperando de lesões, Messi marcou 36 gols em 40 jogos pelo Barcelona. Os argentinos esperam dele o brilho que apresenta no clube catalão e que fez falta para a Argentina na última Copa do Mundo. Caso lidere a sua seleção até o título, esta Copa do Mundo pode consagrar Messi como um dos maiores de todos os tempos.
Curiosidade: Com uma geração experiente, a Argentina, com 28 anos e 336 dias, possui uma das maiores médias de idade entre as seleções presentes na Copa do Mundo. Caso conquiste o tri, os hermanos serão a seleção com a média de idade mais alta a levantar a taça, superando a Itália de 2006.
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BÓSNIA
Após bater na trave em 2010, quando caiu nos playoffs para Portugal, a Bósnia foi líder do Grupo G das eliminatórias europeias e será a única estreante na Copa do Mundo deste ano. Com uma campanha irretocável, somou oito vitórias, um empate e apenas uma derrota. E os 30 gols marcados nestes 10 jogos confirmaram que a principal arma da seleção dos Balcãs está no ataque. Mais precisamente, na dupla Dzeko e Ibisevic. Juntos, eles marcaram 18 nas eliminatórias e são a maior esperança de sucesso da equipe.

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Dzeko e Ibisevic são responsáveis por quase 70% dos gols da Bósnia
Dzeko e Ibisevic são responsáveis por quase 70% dos gols da Bósnia
Se para os jogadores a Copa do Mundo é novidade, o mesmo não pode ser dito para Safet Susic, técnico da seleção bósnia. Susic foi um renomado atacante que marcou época no Paris Saint-German e disputou os Mundiais de 82 e 90 pela seleção da Iugoslávia. Comandando a Bósnia desde 2009, escala a seleção num 4-4-2, onde conta com os "italianos" Pjanic, da Roma, e Lulic, da Lazio, para serem os responsáveis pela armação e municiar a dupla de ataque.
Apesar de contar com um ótimo goleiro, Begovic, que joga no futebol inglês, a defesa da Bósnia é muito lenta e a falta de experiência de alguns jogadores em partidas de alto nível pode ser o calcanhar de aquiles da equipe.
Goleiros: Asmir Begovic (Stoke City/ING),Jasmin Fejzic (Aalen/ALE) e Asmir Avdukic(Borac Banja Luka/BOS)
Defensores: Emir Spahic (Bayer Leverkusen/ALE), Sead Kolasinac (Schalke 04/ALE), Ermin Bicakcic (Eintracht Braunschweig/ALE), Ognjen Vranjes(Elazigspor/TUR), Toni Sunjic (Zarya Lugansk/UCR), Avdija Vrsajevic (Hajduk Split/CRO) eMensur Mujdza (Freiburg/ALE).
Meias: Zvjezdan Misimovic (Guizhou Renhe/CHN), Haris Medunjanin (Gaziantepspor/TUR),Miralem Pjanic (AS Roma/ITA), Sejad Salihovic (Hoffenheim/ALE), Senad Lulic (Lazio/ITA), Izet Hajrovic (Galatasaray/TUR), Senijad Ibricic (Erciyesspor/TUR), Tino Susic (Hajduk Split/CRO),Muhamed Besic (Ferencvaros/HUN) e Anel Hadzic (Sturm Graz/AUT)
Atacantes: Edin Dzeko (Manchester City/ING), Vedad Ibisevic (VfB Stuttgart/ALE) e Edin Visca(Istanbul BB/TUR)
Técnico: Safet Susic
Time-base: Begovic; Vrsajevic, Bicakcic, Spahic, Kolasinac; Misimovic, Medunjanin, Pjanic, Lulic; Ibisevic e Dzeko.
A única ausência polêmica na Bósnia é a do zagueiro Ervin Zukanovic, do Gent, da Bélgica. Zukanovic estaria no grupo, contudo, após se desentender com a federação por não ter conseguido visto para disputar um amistoso nos Estados Unidos, acabou cortado pelo técnico Susic.
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Edin Dzeko, artilheiro do Manchester City é o principal nome da Bósnia na Copa do Mundo. O atacante de 1,93 é o típico matador. Com 35 gols em 61 jogos, Dzeko é o maior artilheiro da história do país. Mais que isso, nascido em Sarajevo, sobreviveu à Guerra da Iugoslávia que destruiu sua cidade. Hoje, é um dos principais defensores da igualdade no país e ícone nacional.
Curiosidade: Com apenas 22 anos desde a sua independência, a Bósnia é o país mais jovem nesta Copa do Mundo. O recordo histórico pertence a vizinha Croácia, que disputou a Copa de 98 apenas sete anos após sua independência.
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NIGÉRIA
Atual campeã da Copa das Nações Africanas, a Nigéria é uma das grandes forças do continente. Com cinco vitórias e três empates, se classificou para a Copa do Mundo sem dificuldade e de maneira invicta.

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Mikel tem a responsabilidade de comandar em campo uma seleção nigeriana enfraquecida
Mikel tem a responsabilidade de comandar em campo uma seleção nigeriana enfraquecida
A força física e velocidade são os destaques da equipe nigeriana, que possui no contra-ataque rápido sua principal arma. Em processo de transição, a Nigéria ainda não tem um esquema tático definido e é uma seleção enfraquecida. A falta de experiência e de jogadores que sejam protagonistas em grandes ligas pode atrapalhar as Super Águias. Dos 23 convocados, apenas quatro já disputaram um Mundial.
Goleiros: Vincent Enyeama (Lille/FRA), Austin Ejide (Hapoel Be'er Sheva/ISR), Chigozie Agbim(Enugu Rangers/NIG)
Defensores: Joseph Yobo (Norwich City/ING), Elderson Echiejile (Monaco/FRA), Juwon Oshaniwa (Ashdod/ISR), Godfrey Oboabona (Caykur Rizespor/TUR), Azubuike Egwuekwe(Warri Wolves/NIG), Kenneth Omeruo (Middlesbrough/ING), Efe Ambrose (Celtic/ESC) e Kunle Odunlami (Sunshine Stars/NIG)
Meias: John Obi Mikel (Chelsea/ING), Ogenyi Onazi (Lazio/ITA), Ramon Azeez (Almeria/ESP),Reuben Gabriel (Waasland-Beveren/BEL), Victor Moses (Liverpool/ING) e Michel Babatunde(Volyn/UCR)
Atacantes: Peter Odemwingie (Stoke City/ING), Ahmed Musa (CSKA Moscou/RUS), Shola Ameobi (Newcastle/ING), Emmanuel Emenike (Fenerbahçe/TUR), Michael Uchebo(Brugge/BEL) e Uche Nwofor (Heerenveen/HOL).
Técnico: Stephen Keshi
Time base: Enyeama; Ambrose, Oboabona, Omeruo, Echiejil; Onazi, Mikel, Moses, Odemwingie, Musa; Emenike.
A ausência mais sentida na convocação da Nigéria é  a do meia Sunday Mba, do Bastia, da França. Mba marcou o gol que deu o título da Copa Africana de Nações, mas foi retirado da lista final pelo técnico Stephen Keshi. "Ele não demonstrou a fome, a vontade que esperávamos dele", justificou Keshi.
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John Obi Mikel é o grande destaque da seleção nigeriana. Embora tenha perdido espaço no Chelsea, Mikel é o "dono" da seleção. É o grande responsável pela armação das jogadas e de quem espera-se que desequilibre as partidas em favor da Nigéria.

Curiosidade: Em 1994, a Nigéria ocupou a quinta posição no ranking da Fifa. Esta, ainda é a melhor posição em que uma seleção africana já alcançou. Atualmente, ocupa apenas a 44ª posição.
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IRÃ
O Irã chega na sua quarta Copa do Mundo com o objetivo de tentar passar de fase pela primeira vez. A campanha nas eliminatórias surpreendeu, e os iranianos terminaram na primeira posição do grupo que tinha a Coréia do Sulcomo favorita.

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Com baixa qualidade técnica, o Irã tenta compensar com aplicação tática
Com baixa qualidade técnica, o Irã tenta compensar com aplicação tática
Comandada pelo português Carlos Queiroz, o Irã mantém a maioria dos seus convocados atuam no futebol local. O sistema de jogo privilegia a solidez defensiva, num 4-4-2 com duas fortes linhas de marcação, e a exploração dos contra-ataques, sempre com muita aplicação tática. Contudo, a pouca qualidade técnica e dos iranianos impede que o país tenha sonhos mais altos.
Goleiros: Daniel Davari (Grasshopper/SUI), Alireza Haghighi (Sporting Covilhã/POR) e Rahman Ahmadi (Sepahan/IRA)
Defensores: Khosro Heydari (Esteghlal/IRA), Hossein Mahini (Persepolis/IRA), Steven Beitashour (Vancouver Whitecaps/CAN), Pejman Montazeri (Umm Salal/CAT), Jalal Hosseini (Persepolis/IRA), Amir Hossein Sadeghi (Esteghlal/IRA), Ahmad Alenemeh (Naft/IRQ), Hashem Beikzadeh (Esteghlal/IRA), Ehsan Hajsafi (Sepahan/IRA) e Mehrdad Pooladi (Persepolis/IRA)
Meias: Javad Nekounam (Al-Kuwait/KUA), Andranik Teymourian (Esteghlal/IRA), Reza Haghighi (Persepolis/IRA), Ghasem Haddadifar (Zob Ahan Isfahan/IRA) e Bakhtiar Rahmani (Foolad Khuzestan/IRA).
Atacantes: Ashkan Dejagah (Fulham/ING), Masoud Shojaei (Las Palmas/ESP), Alireza Jahanbakhsh (NEC Nijmegen/HOL), Reza Ghoochannejhad (Charlton Atheltic/ING) e Karim Ansarifard (Tractor Sazi/IRA)
Técnico: Carlos Queiroz
Time-base: Ahmadi; Heydari, Hosseini, Sadeghi, Beikzadeh; Nekounam, Teymourian, Shojaei, Dejagah; Ansarifard e Ghoochannejhad.
O Irã não sofreu corte por conta de lesões, mas tem um jogador em situação peculiar. O lateral Beikzadeh foi convocado mesmo estando machucado. O técnico Carlos Queiroz vai esperar até o último momento para saber se vai poder contar com o jogador. Mohammad Reza Khanzadeh está na lista de espera e veio com a delegação para o Brasil. Contudo, só será inscrito caso Beikzadeh não tenha condição de jogo.
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O destaque iraniano senta no banco. O técnico Carlos Queiroz, que comandou a seleção de Portugal na última Copa, chegou ao Irã logo após ao Mundial que os persas não conseguiram classificação. Queiroz mudou a atitude da equipe e conseguiu a classificação para a Copa do Mundo e para a Copa da Ásia, conseguindo 19 vitórias, 13 empates e apenas cinco derrotas no comando da equipe.
Curiosidade: Para a Copa do Mundo, o Irã adicinou uma imagem do guepardo asiático no seu uniforme, no intuito de alertar sobre o perigo da extinação do animal. O guepardo asiático, também conhecido como cheetah, é o animal mais veloz do planeta e, hoje, só é encontrado no deserto do Irã, que mantém um programa de preservamento.
Quem passa?
Se der a lógica, a Argentina deve ficar com a primeira colocação do grupo. Afinal, além de possuir mais tradição que os rivais, é muito superior na parte técnica. Bósnia e Nigéria se equivalem e devem brigar pela segunda vaga, com pequena vantagem para os bósnios que possuem mais jogadores capazes de desequilibrar uma partida, como Dzeko e Pjanic. O Irã é o franco-atirador. Qualquer ponto vai ser motivo de comemoração
Fonte: Esporte Interativo

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