terça-feira, 18 de junho de 2013

Teste para 2014: com público menor, Mineirão tem problemas reduzidos

O Mineirão talvez tenha de esperar o próximo sábado para ser realmente testado nesta Copa das Confederações. Com público pequeno, cerca de um terço da capacidade do estádio tomada, as melhorias feitas não foram tão sentidas nesta segunda-feira na goleada de 6 a 1 da Nigéria sobre o Taiti. Nas duas partidas que ainda serão disputadas em Belo Horizonte – Japão x México sábado e a semifinal no dia 26 – o público deve ser maior.
Até o momento, o público de BH foi o menor da competição: 20.187 pessoas, sendo que parte desses ingressos foi distribuída para alunos das redes municipal e estadual. Nas outras partidas da Copa das Confederações, 41.705 assistiram a Espanha 2 x 1 Uruguai, 67.423 a Brasil 3 x 0 Japão e outras 73.123 a Itália 2 x 1 México.
Para chegar
Embora tenha sido um jogo para pequeno público, bem menor que outros já realizados no estádio neste ano, só as alterações feitas no trânsito no entorno do Mineirão já foram suficientes para causar lentidão. Pouco após o meio-dia desta segunda-feira, o fluxo era grande pelas avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz, e os motoristas precisaram de paciência.
mineirão taiti x nigéria (Foto: Marcos Ribolli)Entorno do Mineirão passa por ajustes e atrapalha chegada da torcida (Foto: Marcos Ribolli)
Os corredores viários que levam até o estádio, como a Abrahão Caram, foram fechados. Com isso, muitos torcedores tiveram de vencer a pé os 1.200 metros de subida para chegar até o Mineirão.
Para a Copa do Mundo, obras pela cidade ainda estão sendo concluídas. E uma melhor sinalização para chegar ao estádio também é necessária. Um turista que não conhece Belo Horizonte ainda precisa da ajuda do GPS ou de dicas para achar o local dos jogos.
Taiti e Nigéria, Mineirão (Foto: Marcos Ribolli)Sinalização ainda é precária e improvisada no entorno do Mineirão (Foto: Marcos Ribolli)
Arquibancadas
Não houve filas consideráveis na entrada. Mesmo quem deixou para chegar em cima da hora conseguiu entrar com tranquilidade no estádio. A situação dos lugares marcados ainda não pôde ser analisada, já que, com os espaços vazios, muitos não respeitaram a o número dos assentos.
Feijão tropeiro, Mineirão, Taiti e Nigéria (Foto: Tarcísio Badaró)Com público menor, filas nos bares também
não foram tão longas(Foto: Tarcísio Badaró)
Embora muitos tenham seguido a orientação do bilhete de ingresso, não houve problemas como no evento-teste, o amistoso entre Brasil e Chile, em abril, quando foi preciso ação dos "steward" para tirar torcedores de lugares de outros, além de muitos ficarem em pé, atrapalhando a visão de outros.
A questão da acessibilidade parece ter sido alvo de atenção especial dos voluntários. O estudante Emerson Crisóstomo foi ao jogo acompanhando o tio, que é cadeirante. Segundo ele, a circulação no estádio foi tranquila.
– Aqui foi tudo bem. O pessoal auxiliou, tinha elevador. Só lá fora, na hora de sair da rua para chegar ao Mineirão, que tive algum problema. Mas nada demais.
Estrutura
Feijão tropeiro, Mineirão, Taiti e Nigéria (Foto: Tarcísio Badaró)Feijão tropeiro é tradicional no Mineirão: melhora
em relação a outros jogos (Foto: Tarcísio Badaró)
Nos bares do Mineirão houve filas. Mas nada exagerado. Quiosques auxiliares, que vendiam cerveja, e, principalmente, as tendas colocadas na esplanada para venda do tradicional feijão tropeiro dispersaram o público, facilitando o comércio.
O feijão tropeiro, inclusive, alvo de questionamento entre os torcedores mineiros desde que o estádio foi reaberto, foi bastante consumido. A estudante Daniele Silva elogiou o prato, que custou R$ 12.
– Esse tropeiro está bem diferente do que vinha sendo servido. Esse é bem parecido com o tropeiro do antigo Mineirão. Tem ovo, couve, bife. Melhorou bastante.
Imprensa
refeitório dos jornalistas no centro de imprensa do Mineirão (Foto: Zé Gonzales)Jornalistas têm tratamento quase VIP em 
refeitório do Mineirão (Foto: Zé Gonzalez)
A estrutura montada para a imprensa que trabalhou no jogo também atendeu às exigências de um evento do porte da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Para chegar ao Mineirão, ônibus foram colocados à disposição dos jornalistas. Porém, com a baixa procura da mídia pelo jogo Taiti x Nigéria, os profissionais tiveram quase que atendimento VIP.
A reportagem do Globoesporte.com foi da região central de Belo Horizonte até o Mineirão num desses ônibus. Parados em fila na porta de um hotel, os motoristas aguardavam interessados para irem ao estádio. E eram poucos. Assim que o repórter se apresentou, mostrando a credencial, o veículo saiu sem qualquer outro passageiro. O trajeto foi feito sem problemas em cerca de meia hora.
No Mineirão, o centro de imprensa conta com um refeitório, mesas para trabalho e internet (com e sem fio, de boa velocidade). O ponto negativo é o alto preço. O almoço custa R$ 30, e uma garrafa de água de 500ml sai ao preço de R$ 6. Na parte interna do estádio, a tribuna de imprensa atende bem às necessidades, com bancada, televisões e internet.
centro de imprensa do Mineirão (Foto: Zé Gonzales)

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