Há vida depois de Balotelli
A Itália se prepara para encarar um duplo desafio. Nesta quinta-feira, em Fortaleza, terá diante de si aquela que é considerada uma das melhores seleções da história: nada menos que a Espanha, atual campeã mundial e europeia. Além disso, terá de buscar a vitória sem o seu melhor atacante, o genial Mario Balotelli, que foi cortado da seleção devido a uma lesão na coxa esquerda.
Não é nenhum mistério a importância do artilheiro de 22 anos no esquema da Azzurra. Nos últimos seis meses, ele marcou cinco gols com o uniforme nacional, dois deles nesta Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013. Até mesmo o técnico espanhol, Vicente del Bosque, reconheceu o valor de Balotelli antes do duelo pelas semifinais. "É um jogador poderoso e técnico, além de muito importante para eles."
Por tudo isso, o treinador italiano, Cesare Prandelli, tem agora o desafio de encontrar um substituto à altura do renomado goleador para esta que promete ser a partida mais difícil da sua seleção em 2013.
Experiência e eficiência
O primeiro candidato é Alberto Gilardino. O atacante de 31 anos é um ilustre veterano nestas instâncias, tendo integrado a seleção que conquistou o título mundial na Alemanha 2006. Além disso, ele vem de uma excelente temporada com o Bologna, tendo marcado 13 gols em 34 jogos pelo Campeonato Italiano.
O primeiro candidato é Alberto Gilardino. O atacante de 31 anos é um ilustre veterano nestas instâncias, tendo integrado a seleção que conquistou o título mundial na Alemanha 2006. Além disso, ele vem de uma excelente temporada com o Bologna, tendo marcado 13 gols em 34 jogos pelo Campeonato Italiano.
Para saber o que Gilardino pode acrescentar à Azzurra, nada melhor que a opinião do companheiro Claudio Marchisio. "Ele tem características diferentes do Mario, que é um jogador mais físico e veloz", analisa o meio-campista da Juventus em entrevista exclusiva ao FIFA.com. "Gilardino é outro tipo de jogador, também excelente, que sabe se posicionar muito bem e que, além de tudo, segura a bola como ninguém, o que permite que a seleção se organize melhor para atacar. Ele é muito experiente."
Embora ainda não tenha entrado em campo no Brasil 2013, Gilardino tem 18 gols em 53 partidas com a Itália, mas talvez seja mais lembrado pela assistência que deu para Alessandro del Piero marcar o segundo e definitivo gol da inesquecível semifinal contra os donos da casa na Alemanha 2006. Não à toa, Marchisio completa a sua descrição enchendo a bola do atacante. "Não preciso dizer muita coisa, os gols falam por ele. Gilardino tem toda a nossa confiança."
Juventude e talento
As outras duas alternativas à disposição de Prandelli apresentam um perfil totalmente diferente. A primeira delas é ninguém menos que Stephan El Shaarawy. Com apenas 20 anos, o jovem prodígio vem de uma temporada espetacular com o Milan, tendo anotado 19 gols em 46 jogos nas competições disputadas pelo clube.
As outras duas alternativas à disposição de Prandelli apresentam um perfil totalmente diferente. A primeira delas é ninguém menos que Stephan El Shaarawy. Com apenas 20 anos, o jovem prodígio vem de uma temporada espetacular com o Milan, tendo anotado 19 gols em 46 jogos nas competições disputadas pelo clube.
O Faraó traz outras qualidades à seleção italiana, pela qual já marcou um gol em nove partidas, e novamente é Marchisio quem toma a palavra para descrever os predicados do colega. "Embora não tenha jogado tanto na seleção, ele sempre dá o máximo nos treinamentos e sem dúvida estará pronto caso o professor precise dele. É um jogador de enorme talento, muito criativo, e que pode fazer a diferença no ataque, como tenho certeza de que fará se for solicitado", avalia o meio-campista.
Trata-se, sem dúvida, de uma peça diferente de Balotelli, como também do terceiro candidato em questão, Sebastian Giovinco. "É um jogador completíssimo, que daria mais criatividade e inteligência à equipe", comenta Marchisio sobre o companheiro de Juventus. Embora não seja um centroavante nato, Giovinco certamente poderia ajudar a seleção de Prandelli com a sua lucidez e visão de jogo.
A Itália, portanto, está pronta e seu ataque, seja ele qual for, sem dúvida corresponderá às expectativas. A decisão final cabe a Prandelli, mas, para finalizar, voltamos a ouvir Marchisio, que explicou o sentimento do grupo antes do jogo. "Temos uma grande seleção, com excelentes jogadores. Obviamente, a ausência do Mario será sentida, mas tenho certeza de que quem substituí-lo fará uma boa partida. O nosso objetivo é estar no Maracanã. Eles são favoritos, porém, a esta altura do campeonato, tudo pode acontecer e estamos preparados para isso."
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