Analisando o Grupo F
A Argentina chega ao Mundial como uma das favoritas ao título. O quarteto ofensivo da equipe, composto por Di María, Agüero, Messi e Higuaín impõe respeito e é a maior arma dos hermanos para ir além das quartas-de-final, fase em que foram eliminados em 2010, pela Alemanha, na Copa da África do Sul.
O técnico Alejandro Sabella utiliza sua equipe no esquema 4-3-3, com Mascherano e Gago protegendo a defesa, e dando liberdade para "os quatro fantásticos" fazerem a diferença no ataque. Sabella possui tantas opções para o setor ofensivo que pode "dar-se ao luxo" de manter jogadores do calibre de Lavezzi, Palacio e Enzo Pérez no banco.
O ponto fraco da seleção argentina está no setor defensivo. Romero, que será o goleiro titular na Copa do Mundo, é reserva no Monaco, e suas poucas partidas durante a temporada podem cobrar seu preço.
Goleiros: Sergio Romero (Mónaco/FRA), Agustín Orion (Boca Juniors/ARG), Mariano Andújar(Catania/ITA)
Defensores: Ezequiel Garay (Benfica/POR), Hugo Campagnaro (Inter de Milão/ITA), Pablo Zabaleta (Manchester City/ING), Martín Demichelis (Manchester City/ING), Marcos Rojo (Sporting de Lisboa/POR), Federico Fernández (Napoli/ITA) e José Basanta (Monterrey/MEX)
Meias: Fernando Gago (Boca Juniors/ARG), Lucas Biglia (Lazio/ITA), Angel Di María (Real Madrid/ESP), Enzo Pérez (Benfica/POR), Maximiliano Rodríguez (Newell´s Old Boys/ARG),Augusto Fernández (Celta/ESP), Javier Mascherano (Barcelona/ESP) e Ricardo Álvarez (Inter de Milão/ITA)
Atacantes: Gonzalo Higuaín (Napoli/ITA), Lionel Messi (Barcelona/ESP), Rodrigo Palacio (Inter de Milão/ITA), Sergio Agüero (Manchester City/ING) e Ezequiel Lavezzi (PSG/FRA)
Técnico: Alejandro Sabella
Time-base: Romero; Zabaleta, Garay, Fernández, Rojo; Mascherano, Gago, Di Maria; Agüero, Messi e Higuaín.
A ausência mais discutida na seleção argentina é a de Carlitos Tevez. O atacante foi fundamental na campanha da Juventus que resultou no título italiano desta temporada, marcando 19 gols. Contudo, casos de indisciplina deixaram o atacante fora do grupo. Otamendi, do Atlético-MG, é outra ausência sentida. O zagueiro chegou a constar na pré-lista, mas acabou cortado.
Curiosidade: Com uma geração experiente, a Argentina, com 28 anos e 336 dias, possui uma das maiores médias de idade entre as seleções presentes na Copa do Mundo. Caso conquiste o tri, os hermanos serão a seleção com a média de idade mais alta a levantar a taça, superando a Itália de 2006.
Após bater na trave em 2010, quando caiu nos playoffs para Portugal, a Bósnia foi líder do Grupo G das eliminatórias europeias e será a única estreante na Copa do Mundo deste ano. Com uma campanha irretocável, somou oito vitórias, um empate e apenas uma derrota. E os 30 gols marcados nestes 10 jogos confirmaram que a principal arma da seleção dos Balcãs está no ataque. Mais precisamente, na dupla Dzeko e Ibisevic. Juntos, eles marcaram 18 nas eliminatórias e são a maior esperança de sucesso da equipe.
Se para os jogadores a Copa do Mundo é novidade, o mesmo não pode ser dito para Safet Susic, técnico da seleção bósnia. Susic foi um renomado atacante que marcou época no Paris Saint-German e disputou os Mundiais de 82 e 90 pela seleção da Iugoslávia. Comandando a Bósnia desde 2009, escala a seleção num 4-4-2, onde conta com os "italianos" Pjanic, da Roma, e Lulic, da Lazio, para serem os responsáveis pela armação e municiar a dupla de ataque.
Apesar de contar com um ótimo goleiro, Begovic, que joga no futebol inglês, a defesa da Bósnia é muito lenta e a falta de experiência de alguns jogadores em partidas de alto nível pode ser o calcanhar de aquiles da equipe.
Goleiros: Asmir Begovic (Stoke City/ING),Jasmin Fejzic (Aalen/ALE) e Asmir Avdukic(Borac Banja Luka/BOS)
Defensores: Emir Spahic (Bayer Leverkusen/ALE), Sead Kolasinac (Schalke 04/ALE), Ermin Bicakcic (Eintracht Braunschweig/ALE), Ognjen Vranjes(Elazigspor/TUR), Toni Sunjic (Zarya Lugansk/UCR), Avdija Vrsajevic (Hajduk Split/CRO) eMensur Mujdza (Freiburg/ALE).
Meias: Zvjezdan Misimovic (Guizhou Renhe/CHN), Haris Medunjanin (Gaziantepspor/TUR),Miralem Pjanic (AS Roma/ITA), Sejad Salihovic (Hoffenheim/ALE), Senad Lulic (Lazio/ITA), Izet Hajrovic (Galatasaray/TUR), Senijad Ibricic (Erciyesspor/TUR), Tino Susic (Hajduk Split/CRO),Muhamed Besic (Ferencvaros/HUN) e Anel Hadzic (Sturm Graz/AUT)
Atacantes: Edin Dzeko (Manchester City/ING), Vedad Ibisevic (VfB Stuttgart/ALE) e Edin Visca(Istanbul BB/TUR)
Técnico: Safet Susic
Time-base: Begovic; Vrsajevic, Bicakcic, Spahic, Kolasinac; Misimovic, Medunjanin, Pjanic, Lulic; Ibisevic e Dzeko.
A única ausência polêmica na Bósnia é a do zagueiro Ervin Zukanovic, do Gent, da Bélgica. Zukanovic estaria no grupo, contudo, após se desentender com a federação por não ter conseguido visto para disputar um amistoso nos Estados Unidos, acabou cortado pelo técnico Susic.
Curiosidade: Com apenas 22 anos desde a sua independência, a Bósnia é o país mais jovem nesta Copa do Mundo. O recordo histórico pertence a vizinha Croácia, que disputou a Copa de 98 apenas sete anos após sua independência.
Atual campeã da Copa das Nações Africanas, a Nigéria é uma das grandes forças do continente. Com cinco vitórias e três empates, se classificou para a Copa do Mundo sem dificuldade e de maneira invicta.
A força física e velocidade são os destaques da equipe nigeriana, que possui no contra-ataque rápido sua principal arma. Em processo de transição, a Nigéria ainda não tem um esquema tático definido e é uma seleção enfraquecida. A falta de experiência e de jogadores que sejam protagonistas em grandes ligas pode atrapalhar as Super Águias. Dos 23 convocados, apenas quatro já disputaram um Mundial.
Goleiros: Vincent Enyeama (Lille/FRA), Austin Ejide (Hapoel Be'er Sheva/ISR), Chigozie Agbim(Enugu Rangers/NIG)
Defensores: Joseph Yobo (Norwich City/ING), Elderson Echiejile (Monaco/FRA), Juwon Oshaniwa (Ashdod/ISR), Godfrey Oboabona (Caykur Rizespor/TUR), Azubuike Egwuekwe(Warri Wolves/NIG), Kenneth Omeruo (Middlesbrough/ING), Efe Ambrose (Celtic/ESC) e Kunle Odunlami (Sunshine Stars/NIG)
Meias: John Obi Mikel (Chelsea/ING), Ogenyi Onazi (Lazio/ITA), Ramon Azeez (Almeria/ESP),Reuben Gabriel (Waasland-Beveren/BEL), Victor Moses (Liverpool/ING) e Michel Babatunde(Volyn/UCR)
Atacantes: Peter Odemwingie (Stoke City/ING), Ahmed Musa (CSKA Moscou/RUS), Shola Ameobi (Newcastle/ING), Emmanuel Emenike (Fenerbahçe/TUR), Michael Uchebo(Brugge/BEL) e Uche Nwofor (Heerenveen/HOL).
Técnico: Stephen Keshi
Time base: Enyeama; Ambrose, Oboabona, Omeruo, Echiejil; Onazi, Mikel, Moses, Odemwingie, Musa; Emenike.
A ausência mais sentida na convocação da Nigéria é a do meia Sunday Mba, do Bastia, da França. Mba marcou o gol que deu o título da Copa Africana de Nações, mas foi retirado da lista final pelo técnico Stephen Keshi. "Ele não demonstrou a fome, a vontade que esperávamos dele", justificou Keshi.
Curiosidade: Em 1994, a Nigéria ocupou a quinta posição no ranking da Fifa. Esta, ainda é a melhor posição em que uma seleção africana já alcançou. Atualmente, ocupa apenas a 44ª posição.
O Irã chega na sua quarta Copa do Mundo com o objetivo de tentar passar de fase pela primeira vez. A campanha nas eliminatórias surpreendeu, e os iranianos terminaram na primeira posição do grupo que tinha a Coréia do Sulcomo favorita.
Com baixa qualidade técnica, o Irã tenta compensar com aplicação tática
Comandada pelo português Carlos Queiroz, o Irã mantém a maioria dos seus convocados atuam no futebol local. O sistema de jogo privilegia a solidez defensiva, num 4-4-2 com duas fortes linhas de marcação, e a exploração dos contra-ataques, sempre com muita aplicação tática. Contudo, a pouca qualidade técnica e dos iranianos impede que o país tenha sonhos mais altos.
Goleiros: Daniel Davari (Grasshopper/SUI), Alireza Haghighi (Sporting Covilhã/POR) e Rahman Ahmadi (Sepahan/IRA)
Defensores: Khosro Heydari (Esteghlal/IRA), Hossein Mahini (Persepolis/IRA), Steven Beitashour (Vancouver Whitecaps/CAN), Pejman Montazeri (Umm Salal/CAT), Jalal Hosseini (Persepolis/IRA), Amir Hossein Sadeghi (Esteghlal/IRA), Ahmad Alenemeh (Naft/IRQ), Hashem Beikzadeh (Esteghlal/IRA), Ehsan Hajsafi (Sepahan/IRA) e Mehrdad Pooladi (Persepolis/IRA)
Meias: Javad Nekounam (Al-Kuwait/KUA), Andranik Teymourian (Esteghlal/IRA), Reza Haghighi (Persepolis/IRA), Ghasem Haddadifar (Zob Ahan Isfahan/IRA) e Bakhtiar Rahmani (Foolad Khuzestan/IRA).
Atacantes: Ashkan Dejagah (Fulham/ING), Masoud Shojaei (Las Palmas/ESP), Alireza Jahanbakhsh (NEC Nijmegen/HOL), Reza Ghoochannejhad (Charlton Atheltic/ING) e Karim Ansarifard (Tractor Sazi/IRA)
Técnico: Carlos Queiroz
Time-base: Ahmadi; Heydari, Hosseini, Sadeghi, Beikzadeh; Nekounam, Teymourian, Shojaei, Dejagah; Ansarifard e Ghoochannejhad.
O Irã não sofreu corte por conta de lesões, mas tem um jogador em situação peculiar. O lateral Beikzadeh foi convocado mesmo estando machucado. O técnico Carlos Queiroz vai esperar até o último momento para saber se vai poder contar com o jogador. Mohammad Reza Khanzadeh está na lista de espera e veio com a delegação para o Brasil. Contudo, só será inscrito caso Beikzadeh não tenha condição de jogo.
Curiosidade: Para a Copa do Mundo, o Irã adicinou uma imagem do guepardo asiático no seu uniforme, no intuito de alertar sobre o perigo da extinação do animal. O guepardo asiático, também conhecido como cheetah, é o animal mais veloz do planeta e, hoje, só é encontrado no deserto do Irã, que mantém um programa de preservamento.
Quem passa?
Se der a lógica, a Argentina deve ficar com a primeira colocação do grupo. Afinal, além de possuir mais tradição que os rivais, é muito superior na parte técnica. Bósnia e Nigéria se equivalem e devem brigar pela segunda vaga, com pequena vantagem para os bósnios que possuem mais jogadores capazes de desequilibrar uma partida, como Dzeko e Pjanic. O Irã é o franco-atirador. Qualquer ponto vai ser motivo de comemoração
Fonte: Esporte Interativo
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