sábado, 7 de junho de 2014

Análise dos grupos da Copa do Mundo 2014 – Grupo D, o Grupo da Morte (1)

Coitada da Costa Rica. Tradicional coadjuvante nos Mundiais, a seleção da América Central teve o azar de cair em um dos grupos da morte da Copa, ao lado de nada menos do que três campeões mundiais. Inglaterra, Itália e Uruguai irão se digladiar por duas vagas no grupo mais difícil da primeira fase.
São nada menos do que 7 títulos mundiais em apenas uma chave.Costa Rica – Duas semanas de férias
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O mais otimista torcedor costarriquenho sabe que, apesar do futebol surpreender, a Costa Rica já vem para o Brasil com as passagens de volta compradas.
Repetir o feito da Copa de 90, quando chegou às oitavas de final com duas vitórias na primeira fase, é praticamente impossível, dada o abismo técnico que envolve o futebol local e o das seleções adversárias, Inglaterra, Itália e Uruguai.
A seleção comandada por Jorge Luis Pinto e que tem o ídolo Paulo Wanchope como assistente fez bonito nas eliminatórias da Concacaf, batendo Estados Unidos e México em campo e terminando na segunda colocação na fase final, à frente de Honduras e México.
Agora, o que resta é aproveitar a viagem ao Brasil, tentar roubar um ou outro ponto dos gigantes e encerrar sua participação em seu quarto Mundial dignamente.

Uruguai – Pelo resgate da velha raça e a aposta em Luis Suárez
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A velha mística terá que entrar em campo. Se o Uruguai não resgatar sua velha raça, a participação na Copa do Mundo 2014 poderá ser um vexame. Isso porque o desempenho uruguaio nas eliminatórias sul-americanas foi pífia. A Celeste foi apenas a quinta seleção, chegando ao Mundial após a repescagem contra a inexpressiva Jordânia, com uma queda assustadora de rendimento após as goleada sofridas diante da Colômbia (4 a 0)e da Bolívia (4 a 1), empates em casa e um saldo zerado, com 25 gols marcados e 25 sofridos.
Após o surpreendente (e merecido) quarto lugar na Copa da África do Sul (2010), o treinador Óscar Tabárez ganhou confiança e manteve um bom elenco sob seu comando, masnão manteve o bom desempenho.
Com Muslera, Maxi Pereira, Godín, Lugano, Scotti, Eguren, Lodeiro, Maxí Rodriguez, Cavani,Forlán e Suárez, não dá pra dizer que o Uruguai sofre com a falta de talentos. Aliás, uma das maiores apostas de Tabárez e da torcida portenha é na boa fase do atacante Luis Suárez e no faro de artilheiro de Cavani.
Se mostrar entrosamento e a catimba do futebol portenho, poderá bater de frente com as favoritas Inglaterra e Itália, por uma das vagas.

Inglaterra – No meio da renovação
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A Inglaterra é aquela seleção que sempre chega como favorita no Mundial e acaba esbarrando nos seus arquirrivais diretos. Desde 1994, quando não se classificou, os ingleses sofrem com a maldição das oitavas e quartas de final, caindo diante da Alemanha (2010), Portugal (2006), Brasil (2002) e Argentina (1998). Talvez cair em um grupo com duas grandes seleções pode ser um teste para o English Team, que não tem suportado aos grandes confrontos nos Mundiais.
Os ingleses não tiveram a mínima dificuldade nas eliminatórias europeias, classificando invictos na primeira colocação do grupo H, à frente da Ucrânia, a novata Montenegro, Polônia e as inexpressivas Moldávia e San Marino.
grande questão deste elenco que chega no Brasil é a renovação em andamento que promove o técnico Roy Hodgson – vindo do pequeno West Bromwich Albion e sem um único título relevante em sua carreira.
O treinador inglês tem um elenco dividido entre atletas que devem disputar a sua última Copa do Mundo, como Gerrard, Ashley Cole e Lampard, e novos talentos como Sturridge, Cahill e Welbeck. O desfalque do atacante velocista Theo Walcott (com uma lesão no ligamento cruzado do joelho) não deve afetar o poderio ofensivo dos ingleses, que ainda têm todas as suas fichas depositadas em Rooney.
Basta que voltem a se enxergar como uma seleção grande para tentar quebrar a sequência de 48 anos sem um título mundial e se fixar, sem sombra de dúvidas, como uma das candidatas ao título.

Itália – A velha tática defensiva
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A seleção italiana nunca prezou pelo futebol vistoso. O padrão italiano prima pelo futebol de resultado, ou seja, prioriza não ser vazada, para depois pensar em atacar. E a seleção de Cesare Prandeli não virá muito diferente do que já estamos acostumados a ver.
Basta ver que nas eliminatórias, a Azzurra classificou-se em primeiro no grupo B, com 19 gols marcadosquase metade do que marcou a Alemanha na chave C, com 36. A diferença é que sua zaga já não é tão confiável quanto nos anos anteriores. O experiente goleiro Buffon, que chega ao seu quinto Mundial, ainda é a maior segurança defensiva.
Outro veterano, Pirlo, ainda é o motor do meio de campo, que sofre com a falta de nomes para suprir a ausência de criatividade e talento para abastecer o ataque, que tem Destro, Gilardino, Insigne e Balotelli como referências.
O título recente conquistado em 2006 não apaga o lamentável desempenho na África,quando ficou na primeira fase em um grupo com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia. Para manter o respeito às quatro estrelas que carrega sobre o escudo, a Azzurra terá que fazer muito mais do que apenas se defender contra equipes costumeiramente ofensivas como Uruguai e Inglaterra e contra uma Costa Rica que não terá nada a perder.

Tabela de jogos
Uruguai x Costa Rica – Dia 14.06.14, às 16h – CastelãoInglaterra x Itália – Dia 14.06.14, às 19h – Arena da Amazônia
Uruguai x Inglaterra – Dia 19.06.14, às 16h – Arena Corinthians
Itália x Costa Rica – Dia 20.06.14, às 13h – Arena Pernambuco
Costa Rica x Inglaterra – Dia 24.06.14, às 13h – Mineirão
Itália x Uruguai – Dia 24.06.12, às 14h – Arena das Dunas

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