PIRLO FAZ GOLAÇO, BALOTELLI DECIDE, E ITÁLIA VENCE O MÉXICO NA ESTREIA
Eles não são ídolos por acaso. Por onde passam pelo Rio de Janeiro, os gritos de “Pirlo” e “Balotelli” ecoam como se fossem gênios do futebol local. Neste domingo, os jogadores mostraram os motivos por serem tão amados por italianos e agora brasileiros. Com uma cobrança de falta magnífica do volante, inspirado em Juninho Pernambucano, e um gol do centroavante já perto do fim, a Azzurra venceu o México por 2 a 1, no Maracanã, na estreia na Copa das Confederações. Chicharito também marcou, mas não evitou a derrota mexicana.
A Itália foi melhor durante todo o jogo. Balotelli começou como um trator, ganhando divididas, driblando e assustando em chutes de longe que Corona pegou. Pirlo apareceu bem menos, mas teve a eficiência dos gênios. Enquanto ouvia os torcedores gritarem o nome dele, acertou um chute perfeito no ângulo direito e corou o centésimo jogo com a camisa azul.
Chicharito até empatou após pênalti de Barzagli em Giovani dos Santos, mas o dia era italiano. O Balotelli "bonzinho" do início sumiu. Irritado com algumas divididas no segundo tempo e até xingado de “v...” por atirar uma chuteira para longe, o atacante decidiu com sua maior característica: a força. Deixou três marcadores para trás e deu o primeiro triunfo à Azzurra.
As duas seleções voltam a jogar na quarta-feira. O México enfrenta o Brasil, às 16h (de Brasília), no Castelão, em Fortaleza. A Itália vai até a Arena Pernambuco, em Recife, para a partida contra o Japão, às 19h.
Pirlo faz golaço, e Chicharito empata
A força de Balotelli aliada à maestria de Pirlo confirmaram no placar a superioridade da Itália sobre o México em um primeiro tempo muito disputado. A pressão foi grande no início. A Azzurra marcou a saída de bola e conseguiu controlar o jogo com tranquilidade, fazendo o adversário errar a cada tentativa de sair tocando. Dos quatro primeiros chutes, três saíram dos pés do Super Mario. Tudo em apenas oito minutos. Corona salvou duas vezes.
O México só conseguiu reagir quando passou a se movimentar mais pelo campo. Giovani dos Santos foi quem ganhou destaque em velocidade pelo lado esquerdo. Por lá, construiu uma grande chance ao roubar a bola de Abate e cruzar para trás. Guardado encheu o pé e acertou o travessão de Buffon.
Nas arquibancadas, mexicanos e italianos duelavam em gritos com os brasileiros. Em meio às manifestações dos estrangeiros surgiam as provocações de “Mengo” e “Vasco”. O coro só acabou quando o nome de Pirlo passou a ser exaltado. A resposta do camisa 21 foi imediata, aos 26. Após falta sofrida por Balotelli, o volante acertou o ângulo direito de Corona - que desistiu de esticar os braços ao pular para defender. Um golaço!
A tranquilidade da Itália durou pouco. Exatos sete minutos. A equipe famosa por ter um sistema defensivo forte cometeu um erro fatal. Giovani dos Santos roubou a bola de Barzagli e acabou derrubado pelo adversário na área. Chicharito Hernández, até então muito discreto, empatou de pênalti.
Balotelli resolve na etapa final
O México mudou de postura no segundo tempo e passou a se arriscar mais no ataque. A estratégia diferente, porém, fez o time se abrir em demasia, principalmente no meio de campo, setor bastante povoado pelos italianos. O segundo gol da Azzurra quase surgiu em um lance semelhante ao primeiro. Pirlo bateu falta, a bola desviou na barreira e Montolivo, quase na pequena área, desviou nas mãos de Corona.
A Itália continuou melhor com a ajuda dos adversários. Os mexicanos abusaram da sorte com faltas próximas da área. A cada marcação do árbitro, ecoavam os gritos de “Pirlo” pelo Maracanã. Em uma das oportunidades, o meio-campista quase acertou o canto direito alto de Corona.
A etapa final exibiu também um Balotelli diferente. A tranquilidade do primeiro tempo acabou. O centroavante chegou a encarar o zagueiro Torrado após dividida na lateral. Em seguida, esbravejou contra a arbitragem, que não marcou a falta que ele queria quando partia em velocidade com o zagueiro Moreno. Irritado, atirou um dos pés da chuteira para longe e recebeu vaias e xingamentos dos torcedores.
Balotelli precisou de pouco para responder. A Itália mostrou cansaço, diminuiu o ritmo e pouco criou para assustar. Mas, na única chance que teve no segundo tempo, o atacante garantiu a vitória. Aos 32 minutos, em passe de Giaccherini, ele brigou com a zaga e tocou de pé direito na saída de Corona: 2 a 1, causando gritos de “Balotelli” por todo o Maracanã. O atacante também foi ovacionado ao ser substituído no fim do jogo, ouvindo gritos de "Ah, é Balotelli!".
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