Maracanã, o teatro dos sonhos de Pirlo
Um pouco antes de que Andrea Pirlo se desvencilhasse do grupo de jornalistas que o rodeava após a vitória sobre o México, alguém lhe perguntou, em tom de brincadeira: “se o 100° jogo foi assim e no Maracanã, o que vai ser do 200°?” E ali, até Pirlo, normalmente calado, de poucas palavras e feição séria quando em público, soltou um riso de satisfação. Ele mesmo sabia que o que acabara de viver na estreia da Itália na Copa das Confederações tinha um quê de irreal; de sonho. E seus companheiros – com até mais efusão do que ele - estavam de acordo.
“Passamos a semana inteira falando sobre como o fato de jogar no Maracanã significa, para nós, a realização de um sonho de criança. Não há um jogador da equipe que não se sinta assim”, falou o zagueiro Giorgio Chiellini à FIFA na saída do vestiário após os 2 a 1 deste domingo. “Então, que este sonho se torne ainda mais especial para alguém como Pirlo é algo sensacional. Eu, como zagueiro que é companheiro de Andrea na seleção e na Juventus, não podia querer mais nada na vida. Olhar para frente e ter, logo diante de si, um jogador assim é o sonho de todo defensor. Você sabe que entrega a bola e, a partir dali, as jogadas vão ter início como devem. Ele é como o óleo do nosso motor.”
A torcida que foi ao Maracanã - em sua maioria brasileiros - concorda plenamente com Chiellini. Não é que estivessem necessariamente torcendo para a Itália, mas não resistiram à necessidade de aplaudir quanto pudessem alguém que, aos 34 anos, chegava à sua 100a partida pela Azzurra e o fazia com uma atuação sensacional, orquestrando o meio-campo e marcando um golaço de falta para abrir o placar. É este, afinal, um dos chamarizes para o país ao receber um torneio como a Copa das Confederações: todos aqueles grandes jogadores que por tanto tempo se limitam a uma imagem pela televisão, de repente, estão ali, como alvo para se apreciar e aplaudir.
“Passamos a semana inteira falando sobre como o fato de jogar no Maracanã significa, para nós, a realização de um sonho de criança. Não há um jogador da equipe que não se sinta assim”, falou o zagueiro Giorgio Chiellini à FIFA na saída do vestiário após os 2 a 1 deste domingo. “Então, que este sonho se torne ainda mais especial para alguém como Pirlo é algo sensacional. Eu, como zagueiro que é companheiro de Andrea na seleção e na Juventus, não podia querer mais nada na vida. Olhar para frente e ter, logo diante de si, um jogador assim é o sonho de todo defensor. Você sabe que entrega a bola e, a partir dali, as jogadas vão ter início como devem. Ele é como o óleo do nosso motor.”
A torcida que foi ao Maracanã - em sua maioria brasileiros - concorda plenamente com Chiellini. Não é que estivessem necessariamente torcendo para a Itália, mas não resistiram à necessidade de aplaudir quanto pudessem alguém que, aos 34 anos, chegava à sua 100a partida pela Azzurra e o fazia com uma atuação sensacional, orquestrando o meio-campo e marcando um golaço de falta para abrir o placar. É este, afinal, um dos chamarizes para o país ao receber um torneio como a Copa das Confederações: todos aqueles grandes jogadores que por tanto tempo se limitam a uma imagem pela televisão, de repente, estão ali, como alvo para se apreciar e aplaudir.
Quando você vê o talento de Pirlo em ação, é difícil não se maravilhar. Eu sei bem disso, porque é o que tenho visto há anos
Gianluigi Buffon, goleiro italiano
Isso ficou claro logo antes do gol de Pirlo. Quando foi marcada falta a favor da Itália aos 27 minutos do primeiro tempo, a cerca de 30 metros do gol de José Corona, o Maracanã já começou a gritar: “Pirlo! Pirlo!”, como se se tratasse de um jogador da casa. Afinal, quantas e quantas vezes os que estavam lá já não haveriam visto, pela TV, a capacidade do armador de colocar a bola onde bem quer cobrando faltas? Quando a expectativa pela cobrança se transformou num chute perfeito no ângulo direito, era como se os italianos ganhassem de vez a simpatia de boa parte do público – dali até o final do jogo.
“Para todos nós foi bonito ver a maneira como a torcida brasileira – quer dizer, a torcida de uma seleção que historicamente é uma rival nossa - nos apoiou. Eles estavam divididos, mas acho que, aos poucos, os fomos conquistando. E ganhar o apoio do Maracanã, para nós, não é uma coisa qualquer, pode ter certeza”, contou á FIFA o goleiro Gianluigi Buffon, outro companheiro de Pirlo na Juve. “E, claro, tem uma razão óbvia para isso: quando você vê o talento de Pirlo em ação, é difícil não se maravilhar. Eu sei bem disso, porque é o que tenho visto há anos. Para melhorar, ele coroou uma atuação dessas com uma pérola como aquele gol de falta. Aí, acho que é normal acabar recebendo o apoio.”
Tudo muito normal. Tanto quanto Pirlo sair de campo carregando um troféu como o que venceu, de Craque do jogo Budweiser, pela enésima vez na vida. E de ir embora do estádio como quem simplesmente se prepara para mais um jogo; como se o que tivesse acabado de acontecer na hora e meia anterior não tivesse parecido um sonho.
0 comentários:
Postar um comentário