Brasil de Chuteiras

GRUPO E " Escolas com estilos diferentes de futebol e velhos conhecidos"

Duas escolas do futebol europeu e outras duas do futebol latino-americano marcam a configuração do Grupo E. Suíça, França, Equador e Honduras farão duelos que colocarão frente a frente os diferentes estilos. Mas, quando se enfrentarem, equatorianos e hondurenhos terão velhos conhecidos do outro lado do campo.

O atual técnico de Honduras, Luis Fernando Suárez, treinou o Equador no Mundial de 2006, enquanto Ricardo Rueda, que comanda a seleção andina, estava no banco hondurenho na Copa de 2010. O conhecimento recíproco não para aí, já que ambos são colombiano. “Vai ser difícil enfrentá-lo, pela capacidade de trabalho que sabemos que tem. É um homem que conhece o Equador. Acredito que seja um conhecimento mútuo e vai ser uma partida disputada”, projetou Rueda.

“Algum conhecimento há, porque trabalhamos no Equador e ele em Honduras, então provavelmente temos maior conhecimento que as outras duas equipes”, disse Suárez, que revelou a sua torcida. “Temos que nos preparar muito bem para qualquer situação. Tenho o sentimento de querer passar e tomara que o Equador também possa ir para a próxima fase”, completou.

O técnico do Equador ressaltou a experiência dos adversários, que ao contrário da seleção sul americana, disputaram a Copa de 2010. “Duas seleções europeias com estilos diferentes. Uma Suíça e uma França, que têm rodagem internacional, são seleções maduras, com jogadores de elite. A Suíça fez uma grande campanha nas Eliminatórias. Honduras também é experiente, com uma geração que jogou o último Mundial. Acredito que é um grupo que exigirá muito”.

Os latino-americanos apostam na temperatura e no clima tropical do Brasil como fatores para ajudarem a derrotar os europeus. “Certamente que os fatores temperatura e umidade vão ser importantes. Tomara que com a preparação nos acostumemos bem e possamos tirar vantagem disso”, apontou Rueda.

“A temperatura e a umidade daqui podem ser aproveitados pelos sul americanos, que terão essa vantagem comparativa, já que estão acostumados com esse tipo de clima”, concordou Suárez. O comandante de Honduras, no entanto, não gostou do longo deslocamento que a equipe terá que fazer entre o segundo e o terceiro jogo. “Isso é o único que eu não gosto do grupo, porque no nosso caso específico, vamos jogar em Porto Alegre, depois em Curitiba e, por fim, em Manaus. Teremos que atravessar o país, mas, são situações iguais ao sorteio e temos que aceitar”.

Europeus

Única campeã mundial a integrar o Grupo E, a França aparece como favorita a levar uma das vagas para as oitavas de final da competição. Apesar de não ter mais estrelas como Zidane e Henry, craques que levantaram a Copa em 1998 e alcançaram o vice em 2006, os “Bleus” depositam suas esperanças no habilidoso Ribéry e no artilheiro Benzema. A tradição pesa a favor dos europeus, mesmo após uma classificação difícil nas Eliminatórias, quando reverteu uma desvantagem de dois gols contra a Ucrânia.

O técnico francês, Didier Deschamps, disse que os adversários não serão fáceis, mas destacou que o grupo poderia ser mais difícil. “Poderia ter sido mais complicado, vamos ser honestos. Enfrentaremos os nossos vizinhos suíços, uma equipe sul-americana e uma seleção de Honduras que joga um estilo semelhante de futebol. Nenhum adversário é fácil, temos de ser ambiciosos, mas realistas. Antes e depois do sorteio o nosso objetivo é o mesmo: chegar às oitavas de final”.

Terceira Copa seguida

A Suíça chega com status de cabeça de chave, após alcançar bons resultados, como a vitória por 1 x 0, no amistoso de agosto de 2013, contra o Brasil, e subir no ranking da FIFA. Os suíços chegam a sua terceira Copa do Mundo seguida e vem conseguindo alguns feitos importantes. Em 2006, os europeus terminaram a Copa invictos e sem levar gols, tendo caído nas oitavas de final, nos pênaltis. Já em 2010, os suíços derrotaram a campeã Espanha, por 1 x 0, na estreia.

O equilíbrio da chave e os estilos diferentes entre as equipes europeias e americanas foram lembrados pelo treinador Ottmar Hitzfeld, que comanda a Suíça. “É um grupo muito acirrado e equilibrado, com mentalidades diferentes. Acho que é um grupo muito interessante de disputar. A França é um adversário muito eficaz, mas não precisamos nos queixar. Precisamos aproveitar o tempo e nos preparar para as condições que vamos enfrentar”. Na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, franceses e suíços também ficaram na mesma chave e empataram sem gols.

Fonte:http://www.copa2014.gov.br/pt-br/copa/grupos/grupo-e

Análise dos grupos da Copa do Mundo 2014 – Grupo D, o Grupo da Morte (1)

Coitada da Costa Rica. Tradicional coadjuvante nos Mundiais, a seleção da América Central teve o azar de cair em um dos grupos da morte da Copa, ao lado de nada menos do que três campeões mundiais. Inglaterra, Itália e Uruguai irão se digladiar por duas vagas no grupo mais difícil da primeira fase.

São nada menos do que 7 títulos mundiais em apenas uma chave.Costa Rica – Duas semanas de férias

O mais otimista torcedor costarriquenho sabe que, apesar do futebol surpreender, a Costa Rica já vem para o Brasil com as passagens de volta compradas.

Repetir o feito da Copa de 90, quando chegou às oitavas de final com duas vitórias na primeira fase, é praticamente impossível, dada o abismo técnico que envolve o futebol local e o das seleções adversárias, Inglaterra, Itália e Uruguai.

A seleção comandada por Jorge Luis Pinto e que tem o ídolo Paulo Wanchope como assistente fez bonito nas eliminatórias da Concacaf, batendo Estados Unidos e México em campo e terminando na segunda colocação na fase final, à frente de Honduras e México.

Agora, o que resta é aproveitar a viagem ao Brasil, tentar roubar um ou outro ponto dos gigantes e encerrar sua participação em seu quarto Mundial dignamente.

Uruguai – Pelo resgate da velha raça e a aposta em Luis Suárez

A velha mística terá que entrar em campo. Se o Uruguai não resgatar sua velha raça, a participação na Copa do Mundo 2014 poderá ser um vexame. Isso porque o desempenho uruguaio nas eliminatórias sul-americanas foi pífia. A Celeste foi apenas a quinta seleção, chegando ao Mundial após a repescagem contra a inexpressiva Jordânia, com uma queda assustadora de rendimento após as goleada sofridas diante da Colômbia (4 a 0)e da Bolívia (4 a 1), empates em casa e um saldo zerado, com 25 gols marcados e 25 sofridos.

Após o surpreendente (e merecido) quarto lugar na Copa da África do Sul (2010), o treinador Óscar Tabárez ganhou confiança e manteve um bom elenco sob seu comando, masnão manteve o bom desempenho.

Com Muslera, Maxi Pereira, Godín, Lugano, Scotti, Eguren, Lodeiro, Maxí Rodriguez, Cavani,Forlán e Suárez, não dá pra dizer que o Uruguai sofre com a falta de talentos. Aliás, uma das maiores apostas de Tabárez e da torcida portenha é na boa fase do atacante Luis Suárez e no faro de artilheiro de Cavani.

Se mostrar entrosamento e a catimba do futebol portenho, poderá bater de frente com as favoritas Inglaterra e Itália, por uma das vagas.

Inglaterra – No meio da renovação

A Inglaterra é aquela seleção que sempre chega como favorita no Mundial e acaba esbarrando nos seus arquirrivais diretos. Desde 1994, quando não se classificou, os ingleses sofrem com a maldição das oitavas e quartas de final, caindo diante da Alemanha (2010), Portugal (2006), Brasil (2002) e Argentina (1998). Talvez cair em um grupo com duas grandes seleções pode ser um teste para o English Team, que não tem suportado aos grandes confrontos nos Mundiais.

Os ingleses não tiveram a mínima dificuldade nas eliminatórias europeias, classificando invictos na primeira colocação do grupo H, à frente da Ucrânia, a novata Montenegro, Polônia e as inexpressivas Moldávia e San Marino.

A grande questão deste elenco que chega no Brasil é a renovação em andamento que promove o técnico Roy Hodgson – vindo do pequeno West Bromwich Albion e sem um único título relevante em sua carreira.

O treinador inglês tem um elenco dividido entre atletas que devem disputar a sua última Copa do Mundo, como Gerrard, Ashley Cole e Lampard, e novos talentos como Sturridge, Cahill e Welbeck. O desfalque do atacante velocista Theo Walcott (com uma lesão no ligamento cruzado do joelho) não deve afetar o poderio ofensivo dos ingleses, que ainda têm todas as suas fichas depositadas em Rooney.

Basta que voltem a se enxergar como uma seleção grande para tentar quebrar a sequência de 48 anos sem um título mundial e se fixar, sem sombra de dúvidas, como uma das candidatas ao título.

Itália – A velha tática defensiva

A seleção italiana nunca prezou pelo futebol vistoso. O padrão italiano prima pelo futebol de resultado, ou seja, prioriza não ser vazada, para depois pensar em atacar. E a seleção de Cesare Prandeli não virá muito diferente do que já estamos acostumados a ver.

Basta ver que nas eliminatórias, a Azzurra classificou-se em primeiro no grupo B, com 19 gols marcados, quase metade do que marcou a Alemanha na chave C, com 36. A diferença é que sua zaga já não é tão confiável quanto nos anos anteriores. O experiente goleiro Buffon, que chega ao seu quinto Mundial, ainda é a maior segurança defensiva.

Outro veterano, Pirlo, ainda é o motor do meio de campo, que sofre com a falta de nomes para suprir a ausência de criatividade e talento para abastecer o ataque, que tem Destro, Gilardino, Insigne e Balotelli como referências.

O título recente conquistado em 2006 não apaga o lamentável desempenho na África,quando ficou na primeira fase em um grupo com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia. Para manter o respeito às quatro estrelas que carrega sobre o escudo, a Azzurra terá que fazer muito mais do que apenas se defender contra equipes costumeiramente ofensivas como Uruguai e Inglaterra e contra uma Costa Rica que não terá nada a perder.

Tabela de jogos

Uruguai x Costa Rica – Dia 14.06.14, às 16h – CastelãoInglaterra x Itália – Dia 14.06.14, às 19h – Arena da Amazônia
Uruguai x Inglaterra – Dia 19.06.14, às 16h – Arena Corinthians
Itália x Costa Rica – Dia 20.06.14, às 13h – Arena Pernambuco
Costa Rica x Inglaterra – Dia 24.06.14, às 13h – Mineirão
Itália x Uruguai – Dia 24.06.12, às 14h – Arena das Dunas

Analisando o Grupo C

Grupo C:

A chave tem pouco cartaz, mas é bem interessante. A cabeça de chave Colômbia tem uma boa geração, um futebol envolvente e ofensivo e muitos talentos do meio para a frente, como James Rodríguez, Guarín, Jackson Martínez, Muriel e Cuadrado. Além disso, Pekerman, técnico argentino dos Cafeteros, instalou um bom sistema defensivo na seleção.

A Grécia, por sua vez, tem experiência e a conhecida força defensiva, no entanto, ao contrário dos anos anteriores, também conta com bons nomes para o ataque: Samaras e Mitroglu - do Olympiakos, que tem feito sucesso na Liga dos Campeões da Europa. Já a Costa do Marfim tem uma geração cheia de bons jogadores e aposta nas estrelas Drogba e Yaya Touré para vencer, mas precisa ter um time mais compacto e com o futebol mais envolvente que pode apresentar mas não tem demonstrado dentro de campo.

Por fim, o Japão pode surpreender. O time tem jogadores talentosos do meio para a frente: Kagawa, Honda, Okazaki, Kiyotake e Inui são exemplos, além dos excelentes volantes Endo e Hasebe. Os Samurais Blues tem um bom goleiro: Kawashima, e bons laterais: Uchida e Nagatomo. O estilo de jogo também é bonito e ofensivo, e o futebol é envolvente e muito agradável de se ver. No entanto, os asiáticos precisam de uma zaga mais segura - com menos falhas no jogo aéreo - e um centroavante confiável - que poderia ser Okazaki, se este não jogasse aberto pelo lado direito do meio-campo. O grupo promete ter bons jogos e é muito equilibrado - tirando a Colômbia, que é favorita. Pessoalmente, acredito em Colômbia e Japão, que possuem um jogo mais bonito e envolvente.

Grupo B: Grupo complicado, com direito a replay da final de 2010

Não se confunda ao assistir ao primeiro jogo do Grupo B na Copa do Mundo da FIFA 2014. Será, de fato, um repetição da final do Mundial de 2010. Espanha e Holanda, atuais campeã e vice, estreiam na Copa no dia 13 de junho, às 16h, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Depois da estreia de luxo, terão pela frente as equipes de Chile e Austrália.

“É um bom desafio para nós jogar contra a campeã mundial, mas é muito difícil, naturalmente. O Chile também é um país com futebol de alto nível. Nunca jogamos contra a Austrália, o que também é desafiador”, afirmou Louis Van Gaal, técnico da Holanda.

O treinador está preocupado com o pouco tempo de preparação até o Mundial, já que a equipe, por estar no Grupo B, joga no início da competição. “Meu tempo é curto. Vamos jogar logo no segundo dia e tenho muitos jogadores em competições internacionais. Terei pouco tempo com eles”, previu o holandês.

Outro desafio para Van Gaal é definir o grupo que levará ao Brasil. “Tenho trabalhado com jogadores jovens e tenho que esperar o desenvolvimento desses talentos, mas tenho jogadores experientes também. Preciso esperar até maio para decidir quais serão escolhidos”, disse.

Na segunda rodada, a Holanda joga contra a Austrália, às 13h do dia 18 de junho, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Finalizando a fase de grupos, a partida contra o Chile será em 23 de junho, às 13h, na Arena Corinthians, em São Paulo.

Sem margem de erro

O Chile inicia o caminho na Copa no dia 13, contra a Austrália, às 18h (horário local), na Arena Pantanal, em Cuiabá. Vencer essa partida é mais do que obrigação para o técnico Jorge Sampaoli, e também só o início de um grande desafio. Ele sabe que, para chegar à segunda fase, não há espaço para erros.

“É um grupo muito difícil. Não sei se o pior ou o melhor. Isso veremos com o desenrolar da competição. Vendo o que temos pela frente, nossa margem de erro é zero. Temos de estar preparados para isso”, disse o técnico da seleção chilena.

O jogo contra a Espanha será em 18 de junho, às 16h, no Maracanã, no Rio de Janeiro. A partida contra a Holanda é na última rodada. Para enfrentar os dois melhores times do mundo, uma das armas chilenas é a capacidade de pressão na saida de bola adversária.

“Temos que potencializar nosso poder de pressão. Vamos jogar contra equipes com boa saída. A pressão terá que ser na medida para não deixar essas equipes jogarem, porque quando se livram da pressão, elas causam muito dano”, explicou.

Oportunidade

Errar também está fora dos planos da Austrália para ter alguma chance de seguir adiante na competição. Na ordem dos confrontos, o primeiro jogo é contra o Chile. Na sequência vem a Holanda e, por fim, os Socceroos enfrentam a Espanha, no dia 23 de junho, às 13h, na Arena da Baixada, em Curitiba.

"É um grupo duro. Temos uma seleção jovem e será uma oportunidade boa para adquirir experiência. Numa Copa do Mundo estão as melhores seleções, mas aconteceu de termos de enfrentar justamente as melhores logo de cara", disse Ange Postecoglou, técnico da Austrália.

Passo a passo

A atual campeã mundial tem o desafio de defender o título em solo brasileiro. Um eventual tropeço na primeira fase poderá significar um confronto com a equipe anfitriã logo nas oitavas de final, caso o Brasil se classifique em primeiro no Grupo A e a Espanha em segundo no Grupo B, ou o contrário. Mas, para o técnico Vicente Del Bosque, não é hora de pensar no mata-mata.

“Não vou falar do Brasil porque temos que passar pela primeira fase. São jogos difíceis. Esperávamos um grupo menos complicado. Temos duas equipes que conhecemos bem, ainda que a Holanda tenha mudado desde 2010. Ela mantém as mesmas referências no ataque, mas com o Van Gaal passou a ter um sistema diferente e vários jogadores novos. Também conhecemos bem o Chile, pois nos enfrentamos várias vezes. É um adversário que nos agrada enfrentar, com jogadores experientes e que tornam a partida muito difícil.”, disse.

Fonte:http://www.copa2014.gov.br/pt-br/copa/grupos/grupo-b

Analise crítica dos grupos da copa do mundo "Grupo A"

Daqui para a estreia da copa do mundo todo dia o seu Brasil de Chuteiras trará a analise de cada um dos grupos começando hoje pelo grupo A:

Começamos pelo grupo do país-sede, o Brasil:

Grupo ABrasil
Croácia
México
Camarões

Brasil - Favorito e pressionado

A seleção de Luís Felipe Scolari vive um excelente momento. Com sua maior estrela,Neymar, brilhando em gramados espanhóis após sua midiática transferência para o Barcelona, o técnico Felipão ajeitou o elenco encaminhado pelo antecessor Mano Menezes, fez as suas apostas em jogadores esquecidos como o goleiro Júlio César e chega com uma moral tremenda após golear a antes temida Espanha, atual campeã mundial, na final da Copa das Confederações.

Mas quando a bola rolar no dia 12 de junho, no recém-inaugurado estádio do Corinthians (ainda sem nome oficial), a camisa amarela terá dois rótulos: favorita e pressionada. E isso vai depender da forma como os atletas se comportarem em campo, pois a torcida brasileirajá tem o seu rótulo: muito exigente e sem medo de vaiar.

Como Felipão não é de surpreender , pouca coisa deve mudar no elenco – isso se ocorrer contusões ’. Em um grupo médio, porém com rivais já conhecidos, se pintar alguma dificuldade será apenas pelo estigma de derrotas recentes para os mexicanos – que não vêm para o Mundial com grande moral – mas que não deve afetar a classificação brasileira para a segunda fase.

Croácia – Candidata a coadjuvante

Desde a estreia em Copas quando terminou na incrível terceira colocação, em 1998, que a Croácia sonha com uma nova geração de Davor Suker, Boban, Jarni e Boksic. Após um intervalo de uma edição fora do Mundial – não se classificou em 2010 -, os croatas chegam com um elenco mesclado entre experientes, reaproveitados e promessas.

O goleiro Pletikosa já sabe a pressão que é disputar uma Copa (e também conhece o gosto de levar um gol brasileiro – Brasil 1 x 0 Croácia, gol de Kaká em 2006), mas o ascendente goleador Mandzukic terá o seu primeiro teste. Dois brasileiros – o atacante Eduardo Silva e o meia Sammir – reforçam o elenco que mais vai viajar durante a Copa. De São Paulo, os croatas partem para Manaus e depois Pernambuco.

No caminho para o Mundial, deixou a Sérvia para trás na fase de grupos das eliminatórias europeias e contou com a sorte ao enfrentar a fraca Islândia na repescagem. E, mesmo assim, não encantou: um empate sem gols e uma vitória por 2 a 0. Apesar da fé e ousadia do técnico Igor Stimac, não tem muito potencial para ir longe, mas pode fazer frente a México e Camarões pela segunda vaga.

México – Todas as fichas em Chicharito

Após a eliminação do México na Copa de 2010 diante da Argentina, a seleção tricolor não acertou a mão na direção. Foram quatro técnicos que passaram por lá – média de um por ano – e o atual, Miguel Herrera, assumiu há dois meses, em outubro de 2013.

Nestes últimos quatro anos, a única boa recordação foi a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos diante do Brasil em 2012, justamente o que motiva a esperança nos torcedores mexicanos atualmente.

Acostumado a brigar com os EUA pela ponta da tabela das eliminatórias da Concacaf, o México fez uma campanha terrível, com empates sofríveis com Jamaica e Panamá e derrota para Honduras, jogando-o para a repescagem contra o campeão da Oceania. Foi quando Miguel Herrera assumiu o comando.

Diante da inexpressiva Nova Zelândia, duas goleadas (6 a 1 em casa e 4 a 2 fora) aumentaram as esperanças dos mariachis e, agora, as fichas estão depositadas no faro de goleador do experiente Peralta e na habilidade de Chicharito Hernández. A eterna promessa Giovanni dos Santos segue no elenco, que ainda conta com Guardado e Ráfa Marquez por falta de opções.

Nos 10 últimos confrontos com o Brasil, quatro vitórias para cada lado e dois empates. A zica mexicana estará de volta?

Camarões – Dependentes da tutela de Eto’o

Samuel Eto’o e a seleção de Camarões vivem uma relação de amor e ódio. O conturbado relacionamento já sofreu dois divórcios, mas reatou novamente e o maior artilheiro dos Leões Indomáveis, com 55 gols, deve disputar sua última Copa por seu país, mesmo sendo contrariado por dirigentes.

É verdade que a seleção africana, assim como a Croácia, está longe de lembrar os áureos tempos de glória, mas nunca deve se duvidar da força do futebol camaronês. Durante as eliminatórias africanas, os Leões não tiveram dificuldades em passar por Congo, Líbia e Togo. Na fase decisiva, atropelou a Tunísia com louvor, 4 a 1, e garantiu a vaga.

A missão agora é apagar o fiasco de 2010, quando foi eliminada ainda na primeira fase com três derrotas para Dinamarca, Holanda e Japão. E para lhe ajudar, Eto’o conta com o barcelonista Alex Song e o artilheiro do Fenerbahçe, Webó.

A camisa tem potencial. A grande dúvida é se os conflitos internos afetarão o desempenhodo elenco em campo.

Tabela de jogos

Brasil x Croácia – Dia 12.06.14, às 17h – Arena Corinthians
México x Camarões – Dia 13.06.14, às 13h – Arena das Dunas
Brasil x México – Dia 17.06.14, às 16h – Castelão
Croácia x Camarões – Dia 18.06.14, às 19h – Arena da Amazônia
Camarões x Brasil – Dia 23.06.14, às 17h – Mané Garrincha
Croácia x México – Dia 23.06.14, às 17h – Arena Pernambuco

Deutschland: Ein Fußball-Weltmeister

O futebol alemão encontra-se em alta no cenário internacional. A seleção alemã se renovou, a geração atual é uma das mais técnicas do mundo, até fugindo um pouco da característica histórica de futebol-força dos jogadores alemães. A Bundesliga vem ganhando cada vez mais espaço e prestígio na Europa, sendo hoje uma das ligas mais importantes do planeta, e à medida que tudo isso vem à tona, automaticamente surgem dúvidas quanto ao contexto do futebol alemão. Dúvidas como "quem são os maiores?"; "quem são os mais vitoriosos?"; "quem são os mais populares dentro da Alemanha?"; ou "quais são os maiores clássicos do país?" são frequentes e por isso montamos uma compilação de informações, curiosidades e dados históricos sobre os clubes alemães.

Preferência pelo Futebol

O futebol é disparado o esporte mais popular da Alemanha. De acordo com uma pesquisa recente da EBS Universität (Institute for Sports, Business & Society - ISBS) publicada em 2012, os jogadores de futebol lideram as preferências entre o público ligado ao esporte, sendo mais de 32 milhões de alemães que acompanham e prestigiam o futebol do país. Segundo essa mesma pesquisa do ISBS, o ex-jogador Franz Beckenbauer foi eleito o jogador de maior representatividade para os alemães. Entre os jogadores atuais, Mario Götze é o jogador preferido da maioria (17,4%), bem a frente do segundo colocado Thomas Müller (8%).

Na Alemanha, a idolatria para com esportistas só não é maior que a idolatria para com artistas musicais e ídolos pop da música. Quando perguntados sobre quais estrelas vinham à mente, os esportistas (dentre eles, grande maioria de jogadores de futebol) foram citados por 74,5% dos entrevistados, contra 91,5% das estrelas da área musical. Para se ter uma ideia, apenas 12% dos alemães se mostraram fãs ou admiradores de alguma personalidade da política.

Maiores clubes da Alemanha

A Alemanha, assim como ocorre no Brasil, possui um seleto e relativamente numeroso grupo de clubes que são considerados como grandes internamente. E distribuídos por vários estados diferentes. Os 9 clubes mais tradicionais são:

Estado da Renânia do Norte-Vestfália: Schalke 04 (Gelsenkirchen), Borussia Dortmund(Dortmund), Borussia Mönchengladbach (Mönchengladbach) e Colônia (Colônia).

Estado da Baviera: Bayern de Munique (Munique) e Nuremberg (Nuremberg).

Estado de Baden-Württemberg: VfB Stuttgart (Stuttgart)

Estado de Hamburgo: Hamburgo SV ou HSV (Hamburgo).

Estado de Bremen: Werder Bremen (Bremen)

Mapa dos estados alemães:

Na Alemanha, como podemos observar, não há uma concentração de forças em apenas um ou dois centros. As grandes forças são bem distribuídas, apesar do domínio absoluto de um clube, o Bayern de Munique. Os dois estados mais fortes e tradicionais são Baviera e Renânia do Norte-Vestfália. São os dois estados mais populosos e mais importantes da Alemanha, onde se concentram os clubes mais bem sucedidos do país.

Além dos 9 grandes, consideram ainda vários clubes como médios tradicionais, dentre os quais se destacam Bayer Leverkusen (Leverkusen), Kaiserslautern (Kaiserslautern),TSV 1860 München (Munique), Hertha Berlin (capital federal Berlim) e Hannover 96(Hannover). O Bayer Leverkusen, por seu crescimento e força atual, muitas vezes figura na lista dos grandes clubes do país, ao lado dos outros nove supracitados.

Maiores torcidas da Alemanha

Certamente você já deve ter ouvido em algum lugar que o clube alemão mais popular é o Schalke 04 (S04). O próprio clube e seus torcedores afirmam que o S04 possui o maior número de fãs dentro da Alemanha, o que aguça a nossa curiosidade sobre como um clube de uma cidade tão pequena possa ter se tornado um fenômeno de popularidade. De fato, o clube da pequena Gelsenkirchen é um dos mais populares, mas de acordo com as pesquisas alemãs, quem aparece na frente na maioria das vezes é o Bayern de Munique, o que veremos mais a frente.

Reza a lenda (difundida principalmente pelos torcedores do Schalke 04) que é entre os alemães que o S04 é o mais popular, atribuindo a popularidade do Bayern principalmente aos imigrantes que moram na Alemanha e aos outros fãs que o clube de Munique possui mundo a fora. E não é difícil entender essa paixão e mística que existe ao redor do clube de Gelsenkirchen entre o povo alemão: O Schalke 04 é de uma cidadezinha localizada no meio da maior conurbação urbana da Alemanha e uma das maiores da Europa, o Vale do Ruhr. Gelsenkirchen era um reduto de mineradores (o que explica o apelido de 'mineiros' dos torcedores do Schalke), e muitos de seus jogadores também eram mineiros nas décadas de 1910 e 1920, numa cidade em que a mineração era a atividade econômica mais importante para o desenvolvimento da região do Ruhr, do estado de Norte-Vestfália e do país. Isso acabou atraindo a simpatia dos alemães para o S04, que era tido como o clube dos trabalhadores e nacionalistas. Nos Anos 30, Adolf Hitler chegou a usar o Schalke 04 como um símbolo do Nazismo, para instigar os alemães ao nacionalismo, progresso e crescimento da Alemanha. Em contra-partida, existia uma outra grande força no vale do Ruhr que conseguia atrair adeptos por ter uma posição contrária à política de Hitler: o Borussia Dortmund. Esse antagonismo é um dos motivos da rivalidade entre os dois clubes. Falaremos mais disso na seção "Maiores Clássicos da Alemanha".

Apesar de Schalke e Borussia serem oriundos do maior berço popular, e de terem torcedores fanáticos por todo o país, a Alemanha se viu dominada por um clube de outro estado: O Bayern de Munique, do estado da Baviera. E nem pudera: como se não bastasse a Baviera ser o segundo estado mais populoso da Alemanha, o desempenho esmagador do Bayern na Era Bundesliga (pós-1963) acabou atraindo fãs por toda a Alemanha e por todo o planeta. O Bayern é o clube mais democrático da Alemanha, e o principal gigante do país. Sua marca está fortemente inserida por vários cantos do planeta, tornando esta agremiação a de maior apelo mundial entre clubes alemães. O Bayern consegue faturar milhões com marketing e exposição da marca no cenário nacional e internacional.

Esses três clubes (Bayern, S04 e Dortmund) são os mais populares do país. Em um segundo escalão de popularidade, aparecem Hamburgo, Mönchengladbach e Werder Bremen.

O sexteto formado por Bayern, Schalke, Dortmund, Hamburgo, Werder e M'gladbach é responsável por mais de 60% da preferência da população alemã. Juntos, somam aproximadamente 55 milhões de alemães, que torcem para um desses seis clubes.

Pesquisas de torcidas não são muito comuns na Alemanha. A opinião geral costuma usar outros indicadores para mensuração de popularidade, entre eles a média de público e o número de sócios-membros.

Vejamos então, o ranking de clubes alemães com o maior número de sócios ou membros:

Bayern München 171.345
FC Schalke 04 100.426
Hamburgo SV 70.920
Borussia Dortmund 60.000
Colônia 53.987
Borussia Mönchengladbach 50.000
VfB Stuttgart 43.866
Werder Bremen 40.400
Hertha BSC 29.330

Outro indicador de popularidade usado com frequência na Alemanha é a média de público. Neste caso, o recordista é o Borussia Dortmund na temporada de 2003/04, com média de 79.647 espectadores por jogo, e taxa de ocupação do estádio de quase 100% redondos. Os números atuais do Borussia Dortmund continuam na dianteira, mas a taxa de maior ocupação do estádio pertence ao Schalke 04 com 99,4%:

CLUBE	Capacidade - Estádio	Média 2010/11	Ocupação %
Borussia Dotmund	80 720	79 151	98,1
Bayern Munique	69 901	69 000	98,7
Schalke 04	61 673	61 320	99,4
Hamburgo SV	57 000	54 446	95,5

Embora raras, encontramos algumas pesquisas de torcida recentes realizadas dentro da Alemanha. Muitas pesquisas on line ou de agencias de publicidade acabam postando dados que englobam torcedores e simpatizantes pelo mundo, distorcendo a real porcentagem de torcedores no interior da Alemanha. Mas aqui postaremos duas pesquisas estritamente nacionais, realizadas apenas no território alemão.

Pesquisas de torcida

Pesquisa 1 - O Instituto de Allensbach - IfD Allensbach -, é um dos principais institutos de pesquisa de opinião da Alemanha. Essa é a pesquisa mais recente, de 2012, onde os alemães responderam sobre qual seria o seu clube de interesse na Alemanha.

CLUBE	Quantidade (em milhões)	% estimada
Bayern de Munique	15.150.000	19%
Borussia Dortmund	10.920.000	14%
Schalke 04	9.310.000	12%
Werder Bremen	6.860.000	8%
Hamburgo SV	6.440.000	8%
B. Mönchengladbach	5.250.000	6%
Stuttgart	4.970.000	6%
Colônia	4.650.000	6%
Bayer Leverkusen	4.150.000	5%
Hannover 96	4.020.000	5%

Fonte: IfD Allensbach, 2012. Publicado em Statista, 2012.

Pesquisa 2 - A pesquisa do Institute for Sports, Business & Society - ISBSpertencente à Escola de Negócios EBS Universität, realizada em 2011 em todo território alemão aponta o Bayern como o time de maior torcida na Alemanha.

CLUBE	%
Bayern de Munique	25,1%
Borussia Dortmund	18,6%
Schalke 04	7,0%
B. Mönchengladbach	5,2%
Werder Bremen	4,6%
Stuttgart	4,1%
Hamburgo SV	3,8%
Hertha Berlim	2,8%
Colônia	2,8%
Hannover 96	2,7%
Kaiserslautern	2,7%
Mainz 05	2,0%
Bayer Leverkusen	1,8%
Nuremberg	1,4%

Fonte: Institute for Sports, Business & Society - ISBS, 2011.

Pesquisa 3 - O Instituto de Allensbach - IfD Allensbach - Pesquisa de opinião na Alemanha. Neste levantamento, foram entrevistados 20.990 pessoas entre 2010 e 2011, e publicado em outubro de 2011. Os resultados encontram-se a seguir:

-- Percentual dos clubes após responderem a indagação "Qual é o seu clube de interesse na Bundesliga?". Os clubes que obtiveram os maiores percentuais foram:

CLUBE	%
Bayern de Munique	23%
Schalke 04	15%
Borussia Dortmund	14%
Werder Bremen	12%
Hamburgo SV	11%

Fonte: IfD Allensbach, 2011.

-- Outras considerações do Instituto de Allensbach:

- Quando falamos em futebol alemão, o estado mais importante e que concentra o maior número de times tradicionais é o estado da Renânia do Norte-Vestfália ou Nordrhein-Westfalen. Renânia do Norte-Vestfália é o estado mais populoso da Alemanha com cerca de 18 milhões de habitantes e sua capital é Dusseldorf, município de 600 mil habitantes que faz parte da maior região metropolitana da Alemanha, conhecida como Região Metropolitana do Reno-Rhur (Rhine-Ruhr), que concentra mais de 10 milhões de habitantes, dentre elas as cidades de Dortmund (600 mil habitantes) onde se situa o Borussia Dortmund; Mönchengladbach (260 mil habitantes) onde encontra-se o Borussia Mönchengladbach; e Gelsenkirchen (260 mil habitantes) que é a cidade-sede do clube de maior mística da Alemanha, o Schalke 04. Essa região metropolitana é cortada por dois rios famosos: o Rhur, que corta a parte norte da metrópole, e o Reno, que cruza a parte sul da cidade.

A cidade de Colônia (Köln) é a maior cidade do estado com mais de 1 milhão de pessoas, e assim como Leverkusen (160 mil habitantes) também fazem parte da Região Metropolitana, ambas geograficamente situadas no vale do Rio Reno (distantes do vale do Rio Rurh que é a microrregião de maior densidade demográfica da Região Metropolitana do Reno-Rhur e do país). Dos 5 times tradicionais da Região Metropolitana do Reno-Rhur, o Schalke 04, o Borussia Dortmund e o Mönchengladbach (parcialmente) estão inseridos na microrregião do Vale do Rhur, enquanto Leverkusen e Colônia ficam no vale do Reno, na parte sul da Região Metropolitana.

Em azul claro, a Região Metropolitana do Reno-Rhur,
e dentro dela, os municípios-sede de SChalke e Borussia.

Ao lado, temos uma figura que ilustra o estado daRenânia do Norte-Vestfália, e a Região Metropolitana do Reno-Rhur em azul, com destaque para as duas cidades onde se situam os dois maiores clubes do estado: Gelsenkirchen e Dortmund.

Entre os clubes do estado, há um equilíbrio muito grande entre Schalke 04 e Borussia Dortmund. O Colônia surpreende o Borussia Mönchengladbach com 2% a mais da preferência, talvez pelo fato de ser da maior cidade do estado.

Estado da Renânia do Norte-Vestfália (Nordrhein-Westfalen)

Schalke 04.................................22%

Borussia Dortmund .....................22%

Colônia.......................................14%

Borussia Mönchengladbach..........12%

Bayer Leverkusen........................10%

- O segundo principal estado do país é a Baviera ou Bayern, por contar com o clube mais bem sucedido da Alemanha: Bayern München. A Baviera é o segundo maior estado do país, com mais de 12 milhões de habitantes. Sua capital é Munique, que possui 1,5 milhão e uma região metropolitana de 2,5 milhões de pessoas.

Na Baviera, o Bayern de Munique é o clube de interesse da grande maioria dos entrevistados. Como a pesquisa do Instituto IfD-Allensbach em 2011 só englobou clubes da primeira divisão da Bundesliga, um tradicional clube de Munique, o TSV München 1860, ficou de fora do levantamento. Há quem diga que a torcida do TSV München 1860 possua uma quantidade razoável de torcedores em Munique. O FC Nuremberg é um clube da cidade de Nuremberg, segunda maior cidade da Bavária, com meio milhão de habitantes. E com a decadência do München 1860, assumiu o posto de segunda maior força da Baviera, atrás apenas do gigante Bayern de Munique, clube com o qual desenvolve a maior rivalidade do estado.

Estado da Baviera (Bayern)

Bayern de Munique........................37%

Nuremberg....................................21%

Augsburg........................................9%

OBS: Na dúvida ou curiosidade sobre a localização das cidades, estados e regiões, clique no mapa ao lado para ampliar a imagem.

-- Outros estados alemães:

Dentre os principais estados alemães, em se tratando de torcidas de clubes de futebol, destacamos:

- O Hamburgo SV possui 39% da preferência no seu estado de origem, o pequeno estado de Hamburgo, cuja capital possui o mesmo nome do estado e do clube.

- No estado de Baden-Württemberg (terceiro mais populoso do país depois da Renânia do Norte-Vestfália e Baviera), o clube de maior preferência é o Stuttgart, com 30% do total. Os outros dois clubes tradicionais do estado, Freiburg e 1899 Hoffenheim, fazem parte do interesse de, respectivamente, 15% e 14% da população do estado.

- A capital Berlim é uma cidade bastante eclética. Sabe-se que Schalke 04 possui um dos maiores grupos de torcedores da cidade, e que Bayern e Borussia Dortmund também são populares na capital alemã. Mas o clube que desperta o maior interesse na capital federal ainda é o Hertha Berlim, que possui 36% da preferência em todo o território federal, que possui mais de 3 milhões de habitantes.

- Mas de todos os clubes alemães, o clube que possui o maior predomínio no seu estado é o Werder Bremen. Bremen é o menor estado da federação, tanto em população como territorialmente. Neste estado de população inferior a 1 milhão de habitantes, o Werden é o clube de interesse de 43% do total da população.

A agencia Sport+Markt realizou uma pesquisa com 602 alemães de todas as regiões alemãs, e o resultado da pesquisa que avaliou os clubes de interesse preferidos de cada região foi o seguinte:

Destaque para a superpopularidade do Bayern de Munique na Baviera, com 66% seguido pelo rival da cidade, o Munique 1860 que apresenta 12%, superando o Augsburg (9%) e o Nuremberg, que nem aparece entre os três primeiros. Em Baden-Württemberg, o Stuttgart apresenta boa vantagem para o Bayern. Na região leste, o Borussia Dortmund supera a todos, inclusive o Hertha Berlim, time local de maior torcida na região. No norte, a disputa é entre Werder e Hamburgo, enquanto no estado da Renânia do Norte-Vestfália o resultado aponta um empate técnico entre Schalke e Dortmund, verificado na pesquisa Allensbach (2011).

Cobertura de Mídia e Patrocínio dos clubes

Os clubes mais midiáticos da Alemanha são Bayern de Munique, Schalke 04 e Borussia Dortmund, que recebem uma cobertura massiça da imprensa nacional e internacional, seguidos por Hamburgo e Werden Bremen, com uma cobertura razoável. O Bayern de Munique, por ser o clube mais bem sucedido e de maior receita, geralmente é quem consegue montar times mais fortes, e com isso acaba sendo o clube de maior exposição internacional, sendo o alvo preferido das tevês mundo a fora que retransmitem a Bundesliga. A Bundesliga é transmitida ao vivo para mais de 130 países, entre eles China, Japão, Estados Unidos e Brasil (através dos canais ESPN e Esporte Interativo).

Em relação aos patrocínios de camisa, os clubes alemães só perdem no geral para os clubes ingleses, impulsionando as receitas dos clubes. Os clubes que possuem os melhores contratos anuais até 2012 são:

Bayern de Munique: Telekom (telecomunicações) - 25 milhões de euros
Schalke: Gazprom (energia) - 15 milhões de euros
Borussia Dortmund: Evonik Industries (conglomerado) - 12 milhões de euros
Werden Bremen: Targobank (Banco) - 10 milhões de euros
Hamburgo SV: Emirates (Aviação) - 7,5 milhões de euros

* O Wolfsburg possui um patrocínio em forma de parceria com a Volkswagen (fabricante de automóveis). Apesar de ser um clube pequeno e sem apelo, a parceria com a grande empresa da sua cidade sede rende cerca de 20 milhões de euros anuais.

Receitas - Pelo sétimo ano seguido a Bundesliga quebrou recorde de receita chegando aos valores de € 2,23 bilhões (R$ 5,1 bilhões) no somatório de seus 36 clubes, segundo o relatório financeiro da liga alemã. O que ocorre no futebol alemão também foi sentido na economia do país, com a Alemanha como principal responsável pelo crescimento econômico do bloco europeu.

Cotas de Tevê - Os 36 times da Primeira e Segunda Divisão do futebol alemão receberão 2,5 bilhões de euros (R$ 6 bilhões) pelos direitos de transmissão das competições até 2017, superando em um bilhão de euros (R$ 2,4 bilhões) o valor do último contrato. Na Alemanha, os clubes negociam os direitos de transmissão em forma coletiva e a divisão é feita de modo quase que de igualdade absoluta, o que causa um certo protesto do Bayern de Munique. O dinheiro obtido é repartido através de fórmula que leva em conta o desempenho esportivo das equipes. No fim da temporada passada, por exemplo, o Bayern de Munique recebeu 29,96 milhões de euros (R$ 71,9 milhões) pelos direitos de TV, enquanto o Saint Pauli, rebaixado para a Segunda Divisão, recebeu 13,2 milhões de euro (R$ 31,68 milhões). Com informações do Lancenet.

Com base nesses percentuais, a temporada 2012/13 teve a seguinte divisão, segundo o portal Bundesliga Fanatic:

Estimativa das marcas - De acordo com a Forbes, 4 clubes alemães aparecem entre os 20 clubes mais valiosos do planeta em 2012. A Forbes avalia os clubes como marcas, e leva em conta dados relativos ao número estimado de torcedores, dados econômicos e financeiros. As quatro maiores marcas da Alemanha são:

1 - Bayern de Munique - avaliado em 1.235 bilhão de dólares (5ª maior marca do mundo)
2 - Schalke 04 - avaliado em 587 milhões de dólares (10ª maior marca do mundo)
3 - Borussia Dortmund - avaliado em 394 milhões de dólares (14ª maior marca do mundo)
4 - Hamburgo SV - avaliado em 355 milhões de dólares (16ª maior marca do mundo)

Clubes mais vitoriosos da Alemanha

O clube mais vitorioso da Alemanha é o Bayern de Munique, disparado. É o time alemão com maior número de Champions League e Bundesliga. Falando em Bundesliga, ela foi criada no ano de 1963 e teve como o primeiro campeão o Colônia. A Bundesliga foi criada com este formato de pontos corridos em turno e returno.

Dos 22 títulos alemães do Bayern, nada mais nada menos que 21 foram na Era-Bundesliga. O segundo que mais venceu foi o Borussia Mönchengladbach com apenas 5 tentos. Por incrível que pareça, o Schalke jamais venceu uma Bundesliga, e o Borussia Dortmund triunfou apenas 4 vezes, num período mais recente.

Porém, antes da Bundesliga e também paralelamente, existiram outros torneios que fazem parte da história do Campeonato Alemão de Futebol. Vejamos:

O Campeonato Alemão existe desde a temporada 1902/03, com apenas 6 times em disputa, quando o Leipzig se consagrou como o primeiro campeão alemão jogando apenas quartas de final, semi-final e final. O Campeonato Alemão se manteve com esse formato eliminatório até 1933 quando apenas os campeões regionais podiam participar, num formato semelhante ao da Taça Brasil no Brasil.

De 1933 a 1963 o Campeonato Alemão mudou bastante devido aos percalços da Segunda Guerra Mundial, mas basicamente seu formato possuía fases de grupo, mais ou menos como era o Campeonato Brasileiro entre 1971 a 2002.

E durante um certo tempo, ainda existia mais de uma competição de futebol na Alemanha, como o Campeonato da Alemanha Oriental (realizado antes da Unificação das duas Alemanhas no pós guerra, entre 1950 a 1991).

Na figura abaixo, os pontos vermelhos representam os clubes campeões alemães e os pontos roxos representando os clubes campeões na Alemanha Oriental (esta figura conta os títulos até a temporada 2010/2011):

Já nas competições européias, o Bayern continua soberano, muito a frente dos seus conterrâneos. O segundo clube alemão de melhor desempenho é o Hamburgo com um título de Liga dos Campeões e um vice.

Na UEFA Europa League, o torneio de segundo escalão da Europa, já há um desempenho melhor. O Borussia Mönchengladbach possui 2 títulos e 2 vices; e com 1 título cada para Frankfurt, Bayern de Munique, Schalke 04 e Bayer Leverkusen, além de vários vice-campeonatos.

O quadro abaixo ilustra o número de títulos alemães e de Liga dos Campeões de cada clube (não incluímos títulos do campeonato da Alemanha Oriental e desconsideramos títulos de clubes alemães que sumiram do cenário atual).

CLUBE	Campeonato Alemão	Liga dos Campeões da Europa
Bayern de Munique	24	5
Nuremberg	9	-
Borussia Dortmund	8	1
Schalke 04	7	-
Hamburgo SV	6	1
B. Mönchengladbach	5	-
Stuttgart	5	-
Werder Bremen	4	-
Kaiserslautern	4	-
Colônia	3	-
VfB Leipzig	3	-
Hannover 96	2	-
Hertha Berlim	2	-

Clubes com apenas um único título alemão não foram citados.

Mundiais Interclubes: Entre os clubes alemães, apenas Bayern de Munique e Borussia Dortmund já foram campeões mundiais (pela antiga Taça Intercontinental). O Bayern possui 2 títulos contra 1 do Borussia Dortmund.

Maiores clássicos da Alemanha

- Derby do Vale do Ruhr ou Revierderby é o clássico entre Schalke 04 x Borussia Dortmund. O clássico do Ruhr envolve os dois maiores e mais populares clubes do estado da Renânia do Norte-Vestfália, o mais rico e populoso da Alemanha. É considerado o maior clássico da Alemanha e a maior rivalidade do país. Existem muitos fatores para explicar tal rivalidade: a proximidade das cidades, que fazem parte da mesma região metropolitana e do mesmo contexto (torcedores de ambos estão distribuídos por toda metrópole, intensificando a rivalidade no dia-a-dia), a disputa acirrada no ranking de títulos alemães e a disputa pelo posto de clube mais popular no estado e no país. Mas a rivalidade ainda tem outra explicação histórica: O Schalke, por ser o clube mais popular entre os trabalhadores, chegou a ser usado como símbolo do nacionalismo por Adolf Hitler (que supostamente seria um torcedor do S04). Neste mesmo período, o Borussia Dortmund era dirigido por um grupo de não-simpatizantes à política de extrema-direita, e por não se juntarem ao partido de Adolf Hitler, os dirigentes do Borussia foram afastados e, posteriormente, fuzilados. Isso ajudou a torna-los grandes rivais, situação que se estende até hoje.

- Clássico da Baviera é o jogo entre Bayern de Munique x Nuremberg. São os dois maiores e mais populares clubes da Baviera. Muito embora sejam de cidades diferentes, este clássico ultrapassou o Derby de Munique em importância, uma vez que o Munique 1860 enfraqueceu demais nas últimas décadas, perambulando com frequência pela segunda divisão da Bundesliga. O Bayern de Munique, por sua natureza econômica e domínio, é um dos clubes mais odiados da Alemanha, mas curiosamente não possui um grande rival específico, pois o próprio Nuremberg, apesar de ser o segundo maior vencedor de Campeonatos Alemães, conquistou a maioria deles antes da criação da Bundesliga e encontra-se em baixa no cenário atual. Por isso o rival do Bayern geralmente é quem "está melhor". Hoje em dia, podemos dizer que é o Borussia Dortmund.

- Derbys do Reno ou Rheinisches Derby é a alcunha de qualquer clássico envolvendo B. Mönchengladbach x Colônia x Bayer Leverkusen. Destaque para B. Mönchengladbach contra o Colônia, e Colônia contra o Leverkusen. A rivalidade é aguçada pela proximidade das cidades, que ficam na mesma região metropolitana e no vale do rio Reno.

- Derby do Norte ou Nord-Derby é o jogo entre Hamburgo x Werder Bremen. São os dois maiores times do norte da Alemanha, além de consideravelmente populares, e por isso costumam fazer o grande clássico da região. O Hamburgo SV ainda desenvolve uma rivalidade forte com o rival da cidade de Hamburgo, o FC St. Pauli. Mas seu grande adversário histórico é o Werder.

- Derby de Munique ou Münchner Stadtderby é o jogo entre Bayern de Munique x TSV Munique 1860. Este clássico possui um charme apenas na cidade de Munique, onde dividem o estádio Allianz Arena. As quedas constantes do Munique 1860 para segunda divisão mudaram o foco da Baviera para Bayern x Nuremberg.

Atualizado em: abril/2014O futebol alemão encontra-se em alta no cenário internacional. A seleção alemã se renovou, a geração atual é uma das mais técnicas do mundo, até fugindo um pouco da característica histórica de futebol-força dos jogadores alemães. A Bundesliga vem ganhando cada vez mais espaço e prestígio na Europa, sendo hoje uma das ligas mais importantes do planeta, e à medida que tudo isso vem à tona, automaticamente surgem dúvidas quanto ao contexto do futebol alemão. Dúvidas como "quem são os maiores?"; "quem são os mais vitoriosos?"; "quem são os mais populares dentro da Alemanha?"; ou "quais são os maiores clássicos do país?" são frequentes e por isso montamos uma compilação de informações, curiosidades e dados históricos sobre os clubes alemães.